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Enviada em: 01/10/2018

O mito do espelho de Narciso apresentado pelos gregos, revela a admiração que o deus mitológico possuía pelo seu corpo e o julgamento de sua imagem como perfeita. De forma paradoxal, na sociedade moderna a vaidade excessiva por meio do desejo de transformar o corpo em busca de um modelo perfeito, devido a influência midiática e a dificuldade de aceitação e valorização da própria imagem, estabelece riscos ao estado físico e psicológico da sociedade.                                                    Primeiramente, é importante destacar o papel apelativo e conativo da mídia (filmes, novelas,redes sociais) como impositor de uma imagem perfeita e ideal. Assim, o pensamento do filósofo inglês John Stuart de que sobre o corpo e a mente, o ser humano deve ser soberano, é contraposto, uma vez que a atuação midiática é aceita pelos indivíduos, que iniciam cirurgias plásticas e tratamentos invasivos para alterar a estética e adequarem-se aos padrões de homogeneização.                                                            Nesse contexto, é necessário destacar os riscos aos quais a sociedade está submetida devido a essas intervenções estéticas. Como exemplo, cita-se os perigos à saúde física, uma vez que, cirurgias plásticas, a aplicação de substâncias e preenchimentos, por alterarem de forma brusca o corpo humano, podem comprometer a fisiologia interna do organismo. Além disso, destaca-se o psicológico do indivíduo, que é abalado e frustrado por não alcançar a perfeição estética e pela dificuldade de alcançar o amor pelo próprio corpo em meio aos padrões impostos socialmente.                                                         Fica claro, portanto, que o excesso de vaidade necessita ser suavizada para que se evite riscos ao físico e emocional humano. Dessa forma, cabe ao Ministério da Saúde, com apoio de redes de comunicação e divulgação, a criação de campanhas temáticas sobre a valorização do corpo, a fim de que os indivíduos sintam-se estimulados a aceitarem-se. Ademais, é papel das escolas, propiciar às crianças e adolescentes, palestras e atividades didáticas sobre a imagem pessoal e beleza, por meio da presença de psicólogos e profissionais pedagógicos, para que seja desconstruído padrões de homogeneização do corpo ideal e que se influencia os alunos a considerarem os próprios corpos como perfeitos.