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Enviada em: 27/09/2018

Vítima da superficialidade das relações humanas na contemporaneidade, a sociedade brasileira tem se submetido cada vez mais a procedimentos estéticos, que, em sua grande maioria foram solicitados por questões de vaidade. Ao adaptar a ideia de Bauman, que reflete acerca da sociedade contemporânea, onde emergem o individualismo, a fluidez e a efemeridade das relações, aparenta-se que cada vez mais o ser humano tem optado pela solução rápida, entretanto, menos segura. Isso se deve, principalmente, aos padrões de beleza impostos na sociedade contemporânea.    Em primeira análise, é importante salientar que os grandes avanços da medicina se deram no período entre guerras. A 1ª Guerra Mundial, por exemplo, foi o primeiro conflito cujas técnicas da cirurgia plástica começaram a ser desenvolvidas, com a finalidade de dar suporte aos soldados que sofriam grandes ferimentos, como a perda de membros. Advinda dessa perspectiva, muito se discute no âmbito atual a necessidade e os riscos desses procedimentos, visto que, majoritariamente, são realizados no intuito de suprir necessidades superficiais.    Em segundo lugar, verifica-se a necessidade de alarmar a população acerca das estatísticas em relação a essa problemática. O Brasil é o 2º país que mais faz cirurgias plásticas no mundo, segundo reportagem do G1, estando sujeito a um grande número de mortos por conta desses procedimentos. Consequência dos tão cruéis e temidos padrões de beleza, que, a cada dia, se tornam mais difíceis de serem alcançados. As redes sociais atuam com um papel fundamental na disseminação desses ideais, assim, causando um efeito "dominó" de frustração em massa.       Nessa conjuntura, percebe-se que a vaidade exacerbada se tornou um risco na vida dos brasileiros. Logo, cabe ao Ministério da Saúde juntamente ao Ministério da educação, promover palestras nas escolas, disponibilizando profissionais como psicólogos e médicos, a fim de alertar e ajudar esses jovens acerca dos perigos dos procedimentos estéticos. Ademais, a mídia com seu grande poder persuasivo deve incentivar  em seus programas e reportagens a conscientização e a quebra desses paradigmas quanto a beleza, ministrando nos mesmos os problemas que a vaidade pode acarretar. Só então, a população estará pronta para lidar e ter uma maior cautela ao que estão se submetendo.