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Enviada em: 27/10/2018

A sociedade atual, é marcada por um intenso processo de massificação, ou seja, padronização de comportamentos, ideais de beleza e culturas, o filósofo Marshall Macluhan, deu a esse fenômeno o nome de "Aldeia Global". Entende-se com isso, que a grande procura por procedimentos estéticos e, intervenções cirúrgicas, se deve a necessidade de muitas pessoas de se adequarem ao padrão de beleza imposto, além de uma implacável busca pelo corpo "perfeito". Percebe- se então, que mediante essa obsessão, a saúde fica em segundo plano. Diante disso, medidas devem ser tomadas de modo a mudar a realidade brasileira com relação ao molde estético pregado.   Primeiramente, é fulcral entender o potencial de influência que a mídia possui. Dessa forma, revistas, propagandas, filmes e novelas, sempre apresentam a valorização de um modelo de beleza a ser seguido, o que faz muitos desejarem adequar-se a esse parâmetro, justamente, por conta da discriminação que sofrem, ou por falta de auto-aceitação. Mediante isso, Karl Marx, em sua obra "Os quatro sentidos da Alienação" fala sobre a alienação na sociedade industrial e - seu poder de alterar a visão de mundo do indivíduo - ou seja, a pessoa não percebe sua realidade e busca se encaixar em outra. O que consequentemente, o leva a percorrer um caminho perigoso em busca do corpo ideal.   Ademais, essa procura faz com que muitas vezes, homens e mulheres, se submetam a procedimentos perigosos, sejam eles estéticos simples, como a injeção de substâncias, ou intervenções cirúrgicas complexas, mas o importante é entender que em ambos os casos, o paciente corre risco de vida. A exemplo disso, um caso recente chocou o Brasil, no qual a Bancária Lilian Calixto, faleceu vítima de um procedimento, o qual consiste na aplicação de uma substância sintética (PMMA) intramuscular em seu glúteo. Entretanto, Níveo Steffen, presidente da Sociedade brasileira de Cirurgia Plástica, alerta para o uso desses elementos, pois pouco se sabe sobre seus efeitos a longo prazo. Porém, mesmo com a orientação há quem se submeta aos riscos.   Fica perceptível portanto, a necessidade de medidas as quais protejam a população contra a obsessão estética. Contudo cabe ao Ministério de Cultura trabalhar para a desconstrução de padrões de beleza, e pregar a valorização do eu, do corpo "real" e saudável, por meio de filmes, novelas, reportagens e propagandas, para melhorar a auto-aceitação da pessoas. Além de, o Ministério de Saúde e Vigilância Sanitária, proibir procedimentos de alto risco e também, substâncias sintéticas sem um estudo a longo prazo de seus efeitos, com o intuito de evitar mais mortes. Assim, melhorando a vida dos brasileiros.