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Enviada em: 29/10/2018

Narcísio, um personagem da mitologia grega, preocupava-se demasiadamente com  a sua imagem e a admiração dela por outrem; essa que lhe causava exacerbado contentamento também lhe proporcionou trágico fim. Embora tenha se passado séculos, é possível perceber o emergimento desse comportamento o qual tornou-se um problema social, pois institui uma busca que desafia até mesmo a segurança da vida.  As normas de beleza apregoadas no cinema e na televisão como, por exemplo, atrizes magras e atores com corpos malhados moldam a visão do belo e feio na sociedade; aliado a isso há ainda as cobranças sociais pelo seguimento desses padrões. Além disso, essas atitudes contribuem para a conversão de problemas de saúde em meros deslizes estéticos, ou seja, banalizam assuntos como a obesidade a qual  deve ser tratada afim favorecer o bom funcionamento do corpo e não apenas para deixar o indivíduo dentro dos padrões. Dessa forma, a preocupação com a beleza tem se sobreposto à com a saúde.   Segundo Nicolau Maquieval, os fins justificam os meios. Isso se apresenta no mundo da estética no qual as pessoas não se importam com os riscos ao qual estão expostas desde que alcancem o corpo idealizado pelas mídias. Para tanto, o mercado estético oferece inúmeras opções atraentes que vão desde cirurgias plásticas até medicamentos milagrosos, porém eles podem trazer adversidades ao organismo e até mesmo a morte.  Portanto, medidas precisam ser tomadas a fim de que outros indivíduos não tenham um destino parecido com o de  Narcísio. Para tanto, é necessário que a teledramaturgia diversifique os seus caracteres a fim de não estabelecer um padrão estético e cabe ao governo federal a realização de campanhas publicitárias com dados referentes às mortes em procedimentos estéticos ou os seus riscos para sensibilizar a população sobre esse comportamento.