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Enviada em: 05/07/2019

Desde o Antigo Egito, com o aperfeiçoamento e descobertas sobre o corpo humano, a medicina contribui com a cura e amenização de doenças. Entretanto, a tecnologia do século XXI corrobora com a propagação de um corpo idealizado e perfeito. Por sua vez, a excessiva procura por procedimentos médicos relacionados à estética, principalmente do sexo feminino, excede os limites do saudável e torna-se uma constante preocupação social no Brasil.      Em análise primária, consta evidenciar que a procura por um físico "ideal" existe há tempos na humanidade. Na pré-história, por exemplo, as mulheres acima do peso eram consideradas mais aptas a gerar um filho, logo, buscava-se por esse corpo. Contraditoriamente, as redes sociais de hoje, como o Instagram e Facebook, exaltam, por meio de fotos e vídeos, um padrão corporal diferente: alta, olhos claros, pele branca e biotipo magro. Desse modo, o público, sem se dar conta, vê-se alienado a buscar por essa aparência e recorre a métodos mais agressivos ao corpo, as cirurgias plásticas.         Por conseguinte, a frase do filósofo Paul Valerie, de que o belo é desesperador, encaixa-se com maestria a referida questão. A título de exemplo, vale destacar que, entre as 10 cirurgias realizadas com maior frequência no Brasil, encontram-se a abdominoplastia, otoplastia e ninfoplastia, ambas relacionadas a estética corporal. Ademais, as mulheres, por darem maior importância à aparência, muitas vezes apelam por procedimentos desqualificados e ilegais. Fato este comprova-se com o caso de Alessandra Machado, no Rio de Janeiro, no qual a paciente veio a óbito após passar por 3 cirurgias plásticas com um falso médico, em 2017. Desse modo, torna-se evidente uma revisão dos atos femininos que se referem à limites entre estética e saúde no Brasil.         Dessarte, portanto, urge que o empecilho seja erradicado o quanto antes. Para que a disseminação do corpo idealizado pela mídia chegue ao fim, cabe ao Ministério da Tecnologia, em parceria com as "Influencers" das redes sociais, a promoção do incentivo a aceitação corporal ao público, por intermédio de lives onlines e regulares, pois atingem um grande contingente de pessoas. Ademais, o Ministério de Saúde deve fiscalizar, através de inspeções mais rígidas, os pontos de atendimento médico, para que encerre os casos de mortes relacionados à cirurgias clandestinas no Brasil. Desse modo, somente, a humanidade poderá usufruir do conhecimento herdado pelos antepassados para o que realmente importa: a saúde.