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Enviada em: 25/08/2019

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil as pessoas gastam mais com beleza do que com alimentação. Esse dado mostra que o limite entre estética e saúde se tornou inexistente, visto que a alimentação é algo vital. Logo, a imposição da mídia em torno de um padrão de beleza ideal e o aumento de números de casos de transtornos alimentares estão diretamente ligados a esse contratempo.      Nesse contexto, desde a antiguidade clássica, a procura pela formosura esteve presente na humanidade. Os gregos acreditavam que o físico era tão importante quanto a intelectualidade de alguém. Atualmente não é diferente, pois a mídia por meio de jornais, revistas e reportagens criam um padrão de perfeição, que influenciados por ela, recorrem a tratamentos estéticos, dietas e até mesmo cirurgias para alcançar essas referências, por medo de não serem aceitos em sociedade, o que coloca em risco a própria saúde.        Ademais, transtornos alimentares, tais como bulimia e anorexia, são alguns dos vários problemas que a falta de limites entre estética e saúde podem ocasionar. O filme "O mínimo para viver", estreado pelo serviço de streaming ( traduzindo, conteúdos de multimídia) Netflix, em 2017, retrata a situação de uma jovem que está lidando com a anorexia e com ajuda de um médico tenta vencer essa situação. Dentro de todo esse contexto, o filme  mostra o quão duro é vencer esse tipo de distúrbio e o quão grave e problemática é essa caçada pela estética perfeita tão divulgada e aplaudida pela mídia.          Infere-se, portanto, que o Ministério da Saúde, aliado às escolas de rede pública e privada, devem promover campanhas educativas acerca dos padrões estéticos difundidos erroneamente pelos meios midiáticos e como a sua procura pode afetar negativamente a saúde, o que visa a propor um senso crítico a fim de que a sociedade consiga conter as influências externas, para que, dessa forma, se evite que tais práticas ocorram.