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Enviada em: 04/10/2017

A cirurgia plástica se desenvolveu a partir da Primeira Guerra Mundial para reconstrução da face dos soldados feridos na guerra. Embora benéfica e salvadora de muitas vidas, hodiernamente é usada para fins estéticos juntamente a outros métodos. É evidente que a estética é um motivo de preocupação das pessoas, portanto, deve-se entender como a sua manutenção afeta a saúde da população.       Conforme o sociólogo Pierre Bourdieu, em sua teoria sobre o "Habitus", a sociedade incorpora os padrões impostos e os reproduz ao longo das gerações. Sob tal conjectura, as pessoas estão, cada vez mais, vivendo em prol do alcance ao padrão de beleza imposto, por exemplo, pela indústria da moda. Dessarte, a busca de homens e mulheres pela perfeição de corpo e rosto os leva ao consumo de anabolizantes e esteroides, bem como a submissão à cirurgias plásticas em excesso e muitas vezes desnecessárias, pondo a estética no topo em detrimento da saúde.       Outrossim, muitas pessoas adotam o estilo de vida "fitness" com dietas radicais sem consulta a um profissional. Desse modo, a falta ou excesso de nutrientes torna-se um vilão para a saúde juntamente aos treinos intensos sem acompanhamento de especialistas. Ademais, a busca incessante pelo corpo perfeito pode gerar distúrbios e transtornos como bulimia e anorexia, afetando além do corpo, a integridade psicológica da pessoa.       Diante do exposto, algumas medidas são necessárias para amenizar a problemática. O Ministério da Saúde, em parceria com as escolas deve promover palestras de cunho social e informacional com o fito de apresentar a importância do acompanhamento profissional - tanto na alimentação, quanto na prática de atividades físicas - para a saúde. Além disso, profissionais da saúde, junto ao Ministério da Educação devem fazer campanhas mostrando o risco das cirurgias plásticas, esteroides e anabolizantes em excesso, apresentando formas saudáveis de obter o bem estar. Por fim, as vítimas de distúrbios devem buscar ajuda com psicólogos e nutricionistas para que os problemas não tomem proporções maiores.