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Enviada em: 08/10/2017

Em um país democrático, ironicamente, as pessoas estão cada vez mais escravas do tão cobiçado padrão estético. Esse fenômeno, conhecido como corpolatria, é resultado de uma sociedade extremamente influenciável pela mídia, que, por sua vez, impõe um modelo do que é belo, o que acaba gerando, por consequência, drásticos danos à saúde.       Há vários elementos que influenciam os padrões estéticos, sendo o mais evidente a mídia, sempre mostrando protótipos de beleza que as pessoas devem seguir. A exemplo disso estão as referências lançadas pela arte, como a deusa Vênus e pelo cinema, como Marilyn Monroe e Arnold Schwarzenegger. Além disso, revistas como "Corpo Ideal", "Boa Forma" e outras, estampam, em suas capas, apenas mulheres e homens magros e musculosos, dando um ar de saúde àqueles que seguem esses modelos e uma noção de "errado" e exclusão àqueles que não os seguem.      Em decorrência desse fato, por causa da necessidade de pertencimento abordada pelo psicólogo americano Abraham Maslow, os indivíduos recorrem a meios para se encaixarem nos moldes impostos, e muitos deles causam péssimas consequências à saúde. Um exemplo disso está o fato de muitos praticarem atividade física para chegar ao corpo ideal sem acompanhamento. Segundo o médico ortopedista e especialista em medicina do esporte Rodrigo Freitas, isso causa problemas como hérnia de disco, lesões no joelho e fraturas na coluna. Ademais, a obsessão pela magreza pode desencadear, por exemplo, a bulimia nervosa e a anorexia nervosa, de acordo com a OMS.        Nota-se, portanto, a necessidade de estabelecer limites à vaidade excessiva causada pelo padrão imposto. Para tal, a mídia, importante influenciadora, ao invés de incentivar a magreza e a musculação deve, através de campanhas nas redes sociais e televisão, exaltar outros tipos de forma física. Em conjunto, a OMS pode também promover campanhas que mostrem os impactos negativos da vaidade excessiva na saúde, para que, assim, a sociedade viva em harmonia com seus corpos.