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Enviada em: 10/10/2017

Desde o advento do antropocentrismo, o corpo humano é representado de diferentes formas, refletindo o padrão de beleza de sua região e época. Nos dias atuais, o padrão imposto pelas artes e pela mídia excluem todos os corpos que fogem do modelo alto e magro, afetando diretamente a saúde da população que não se encaixa. Dessa forma, deve-se analisar como a representação da estética ideal atinge a saúde daqueles que a buscam.         Apesar de novas empresas adotarem os modelos plus size, existe grande dificuldade do público G encontrar roupas confortáveis, agradáveis e com preço acessível. Dessa forma, a frustração por não encontrar aquilo que veste bem incentiva a busca por métodos arriscados de emagrecimento: desde medicamentos clandestinos à dietas de extremo prejuízo nutricional. Por exemplo, dietas líquidas que causam prejuízos a deglutição e medicamentos que afetam seriamente o fígado em decorrência do aumento da taxa de metabolismo.         Ademais, a mídia, através do marketing e entretenimento, falha ao idealizar a beleza com altura, peso e fisionomia definidos. Assim, o público é incentivado a acreditar que apenas o modelo representado seja capaz de cumprir expectativas e protagonizar enredos. Em virtude disso, o aumento de distúrbios alimentares como bulimia e anorexia é evidente, principalmente entre adolescentes e jovens, gerando grande impacto na saúde dos futuros adultos.         Portanto, a falta de representação da diversidade corporal se tornou intimamente relacionado à saúde. Desde modo, influenciadores da moda devem incentivar a confecção de roupas que valorizem os diferentes corpos da população, através de desfiles e lançamento de tendências. Além disso, as artes - como cinema, propaganda e tv - devem produzir conteúdo com fenótipo diversificado, para que todos se sintam incluídos e, consequentemente, satisfeitos com o corpo. Assim, será possível reduzir o número de afetados pelas enfermidades do emagrecimento.