Lipoaspiração. Restrição alimentar. Plástica corporal. Esses são exemplos de procedimentos realizados por pessoas que, na maior parte das vezes, não estão satisfeitas com alguma parte do seu físico. Cabe aqui analisar a partir do momento em que essa busca por determinada estética, começa a conflitar com a saúde do individuo. É preciso ressaltar, antes de tudo, a mudança de objetivo das cirurgias plásticas nas últimas décadas. Durante as guerras mundiais, houve mais de 5 milhões de mortes, e um número ainda maior de feridos. Com isso, a área estética da época, começou a aumentar significativamente o número de pesquisas e atendimentos, visando dar uma nova vida para aqueles que tiveram o corpo desfigurado. Já nos dias atuais, na maioria dos casos, a cirurgia plástica é procurada apenas com a intenção de deixar o corpo mais belo, o que embora isso seja algo positivo, já que aumenta a auto-estima do individuo, também pode se tornar um processo de obsessão e vicio. Além desse novo paradigma, o bombardeamento midiático diário também gera uma busca sem fim por um padrão imposto. Já dizia Nitzsche: "o homem deve responder aos seus desejos", e como complemento, o filosofo afirma que esses desejos, irão gerar idealizações, as quais trarão insatisfações e novos desejos. Ou seja, isso se torna um ciclo infindável, o qual pode ser comparado com a vontade de muitos internautas, em sempre serem iguais aos modelos de campanhas publicitárias. Como consequência desse processo, podemos citar a anorexia e a bulimia, doenças alimentares que restringem nutrientes, a fim de diminuir a gordura corporal. Portanto, visto que o caminho da teórica "estética perfeita" não tem fim, a sociedade, junto com ONG's, deve fazer palestras com o tema da aceitação corporal, com o objetivo de que as pessoas compreendam que não é preciso fazer cirurgias para ser feliz. E a mídia tem o papel de, além de diversificar mais os modelos mostrados em comerciais e revistas, expor documentários que abordam compulsões alimentares, como por exemplo "O Minimo para Viver", o qual mostra os perigos da anorexia na adolescência.