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Enviada em: 14/10/2017

Lipoaspiração. Restrição alimentar. Plástica corporal. Esses são exemplos de procedimentos realizados por pessoas que, na maior parte das vezes, não estão satisfeitas com alguma parte do seu físico. Cabe aqui analisar a partir do momento em que essa busca por determinada estética, começa a conflitar com a saúde do individuo.   É preciso ressaltar, antes de tudo, a mudança de objetivo das cirurgias plásticas nas últimas décadas. Durante as guerras mundiais,  houve mais de 5 milhões de mortes, e um número ainda maior de feridos. Com isso, a área estética da época, começou a aumentar significativamente o número de pesquisas e atendimentos, visando dar uma nova vida para aqueles que tiveram o corpo desfigurado. Já nos dias atuais, na maioria dos casos, a cirurgia plástica é procurada apenas com a intenção de deixar o corpo mais belo, o que embora isso seja algo positivo, já que aumenta a auto-estima do individuo, também pode se tornar um processo de obsessão e vicio.  Além desse novo paradigma, o bombardeamento midiático diário também gera uma busca sem fim por um padrão imposto. Já dizia Nitzsche: "o homem deve responder aos seus desejos", e como complemento, o filosofo afirma que esses desejos, irão gerar idealizações, as quais trarão insatisfações e novos desejos. Ou seja, isso se torna um ciclo infindável, o qual pode ser comparado com a vontade de muitos internautas, em sempre serem iguais aos modelos de campanhas publicitárias. Como consequência desse processo, podemos citar a anorexia e a bulimia, doenças alimentares que restringem nutrientes, a fim de diminuir a gordura corporal. Portanto, visto que o caminho da teórica "estética perfeita" não tem fim, a sociedade, junto com ONG's, deve fazer palestras com o tema da aceitação corporal, com o objetivo de que as pessoas compreendam que não é preciso fazer cirurgias para ser feliz. E a mídia tem o papel de, além de diversificar mais os modelos mostrados em comerciais e revistas, expor documentários que abordam compulsões alimentares, como por exemplo "O Minimo para Viver", o qual mostra os perigos da anorexia na adolescência.