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Enviada em: 16/10/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. A parva tentativa de padronizar a beleza reflete essa realidade. Ademais, tendo em vista que tal ação tem como principais consequências distúrbios psicológicos e alimentares, faz-se preciso uma reflexão, e também, medidas que possam combatê-lo.        Em primeiro lugar, para se entender o problema é necessário analisar suas causas. Resultado de uma sociedade que dita o que é o belo, fez com que a procura incessante de adaptação aos padrões auto-impostos crescesse gradativamente. A Internet e as redes sociais têm impulsionado esse fator, uma vez que seu poder de influência atinge grande parte da população, consequentemente, tal idealização é impelida e difundida a toda coletividade. O problema, porém, não se resume somente a isso, pois os resultados são terríveis a todos os envolvidos.        Dentre os efeitos, o que pode se destacar é a anorexia. Sabe-se, entretanto, que é apenas o início de uma variedade de problemas, que em conjunto podem prejudicar ainda mais o indivíduo. O aumento de casos de anorexia, de bulimia, de depressão e de autoestima negativa prova que tal fator apenas traz malefícios. É indispensável salientar que, essa “ditadura” é uma ação errônea e incabível em uma época onde a diversidade é a verdadeira beleza de uma nação.        Portanto, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Em primeiro plano, as instituições de ensino, em parceria com ONGs, juntas, podem ajudar promovendo palestras que visam à demonstração da beleza em sua heterogeneidade, assim como a criação de debates sobre tais estigmas corporais – a fim de que haja uma conscientização, obstando a influência capitalista – e projetos onde salientam a importância da saúde e como mantê-la adequada. Além disso, o poder público pode trabalhar essa temática e suas consequências, em campanhas publicitárias, promovendo uma reflexão e evidenciando que a saúde deve sempre ser prioridade. Afinal, como afirmou Platão: “O importante não é viver, mas viver bem”.