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Enviada em: 25/10/2017

A Medicina contemporânea passou por drásticas mudanças nas últimas décadas. Tais transformações tornaram possível realizar procedimentos por motivos de saúde e de estética nas pessoas. Não obstante, vale-se entender que alguns processos colocam um dos motivos em detrimento do outro e a falta de conhecimento de algumas pessoas sobre esse assunto pode ocasionar com que a saúde delas entre em risco.    Em primeiro lugar, para se compreender essa situação deve-se levar em conta que a sociedade atual é midiática. Como o setor midiático é responsável pela disseminação de informações, é ele que também dita os seus padrões, tais como os relacionados à estética. Sendo esse setor quem define esses parâmetros, as pessoas que possuem contato, sobretudo, com ele estão mais suscetíveis a aceitá-los sem darem conta dos malefícios que podem causar à própria saúde. Portanto, os leigos ficam à margem da mídia e estão mais sujeitos a arcar com processos não saudáveis em busca de um padrão de beleza imposto.   Sob outro ângulo, segundo os sociólogos Adorno e Horkheimer, a indústria cultural tem como objetivo maior: o lucro. Nesse sentido, ela busca por produtos que tragam uma felicidade rápida para seus consumidores, não importando quais consequências isso poderá acarretar, pois, dessa forma, a empresa conseguirá maior superávit. Contudo, analisando pela visão das pessoas, essa felicidade é ilusória e temporária, pois trata-se de uma alienação do setor empresarial, de modo que as pessoas acreditem que o consumo é necessário para o seu bem-estar e não necessariamente o é. Logo, a indústria de massa e a mídia formam juntas uma série de imposições à sociedade que se não estiver preparada para selecionar o que quer estará à margem delas.    Por fim, para que as pessoas entendam os limites entre estética e saúde, o Ministério da Educação deveria implantar esse assunto na grade curricular das escolas, de modo que ele possa ser discutido entre os jovens. Assim, eles formariam um senso crítico para decidirem, por conta própria, o que é realmente relevante para o seu bem-estar e o que não é. Isso amenizaria a tentativa de alienação imposta pelos setores de massa. Outrossim, propagandas públicas transmitidas pelas emissoras de TV aberta e de rádio sobre a importância do cuidado com a saúde e, principalmente, que a beleza é subjetiva e cada um possui a sua, tornariam os cidadãos mais independentes para tomar suas próprias decisões com relação ao próprio corpo.