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Enviada em: 01/11/2017

O verso de Carlos Drummond de Andrade ''tinha uma pedra no meio do caminho'' permite uma analogia entre os limites da estética e saúde, cujos empecilhos estão relacionados com a busca excessiva da adequação ao padrão corporal imposta pela mídia e pela sociedade. Assim, jovens trilham caminhos bastante perigosos para a saúde, de forma a colocarem em risco a sua integridade física e psicológica.Nesse sentido, é de suma importância analisar seus efeitos nocivos para desviar essa pedra no meio do caminho que assola a vida de tantos brasileiros.   Segundo o Site de Notícias Terra, apenas quatro em cem mulheres se titulam bonitas. Um dado assustador, que caracteriza o lado negativo e obscuro das fortes pressões estéticas que são exercidas diante dessas mulheres.Nessa perspectiva, a saúde é a principal vítima, visto que essas mulheres se dispõem a correrem certos ricos para emagrecerem, muitas vezes, sem nenhum acompanhamento médico. Desse modo, é propício o aparecimento de distúrbios alimentares graves, como a anorexia e a bulimia que, se manifestam, sobretudo, entre as adolescentes.    Além disso, convém frisar que o Brasil caminha a passos longos e graduais para resolver essa problemática. A prova disso, é a mídia, que preza pelo capitalismo exacerbado, aceitando a qualquer custo propagandas que enfatizem e legitimem a presença de mulheres com corpos ideais para venderem seus produtos, levando a angústia e desorientação emocional de muitas brasileiras. Nessa ótica, não é de se estranhar o aumento do número de cirurgias estéticas no brasil, segundo o qual o Brasil é vice-campeão, perdendo apenas para os Estados Unidos, de acordo com a Sociedade Internacional de Pesquisa Plástica. Com isso, permitir a análise desse cenário por entidades públicas, é rever esse quadro de profundos caos. Aliás, Albert Einstein já revelava que no meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.       Logo, como dizia Confúcio,''Não corrigir nossos erros é o mesmo que cometer novas falhas''. Assim sendo, é importante que O Ministério da Comunicação, em parceria, com a Secretaria de Justiça, devem fiscalizar as propagandas de forma a impor limites no forte poder de persuasão ao público e aplicar multas quando consideradas abusivas. Uma vez implantada essa medida, desmistificará a ideia única e irracional de corpo e parâmetro perfeito que deve ser seguida a qualquer culto entre as mulheres, garantindo assim, a melhor integridade física e moral dos indivíduos que eram acometidos por essa fantasia. Só assim, será possível desviar essa pedra no meio do caminho que Drummond tanto dizia em busca do progresso brasileiro.