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Enviada em: 21/05/2018

Nas sociedades contemporâneas, o consumo frenético provoca o acúmulo de resíduos sólidos. Nesse sentido, no Brasil, o  excesso de lixo é uma realidade que traz sérias consequências sociais e ecológicas e que, portanto, precisa ser combatido pela mudança de comportamento social e maior efetividade das leis vigentes.        Nesse contexto, segundo os filósofos da Escola de Frankfurt, a sociedade pós-moderna torna-se inconsciente das consequências do consumo excessivo. Observa-se, então, a compra exagerada de produtos, estimulada pela Indústria Cultural, e seu rápido descarte gerando o acúmulo de resíduos nas ruas e nos rios, os quais provocam doenças, como as verminoses, o que oneram o sistema de saúde pública, - o governo brasileiro gastou 1,5 bilhão de reais para o tratamento de doenças relacionadas ao lixo em 2015.          Além disso, a pouca efetividade das leis vigentes agravam tal quadro. Prova disso é que, embora seja proibido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, cerca de vinte por cento do lixo brasileiro ainda é direcionado aos lixões. Isso provoca a contaminação de solos e de lenções freáticos pela infiltração do chorume nos mesmos levando à morte de animais, bem como ao processo de eutrofização de rios e magnificação trófica de elementos tóxicos, como o cádmio e o mercúrio, presentes no lixo eletrônico.             Diante disso, o acúmulo de lixo relaciona-se ao estilo de vida consumista contemporâneo, fazendo necessário, portanto, a mudança de comportamento social por meio da educação dos cidadãos através de palestras nas escolas e nas mídias, promovidas por ONGs, a fim de reduzir o excesso de lixo nas ruas e possibilitar o consumo consciente. É preciso, ainda, a maior efetividade das leis de gestão de resíduos por meio da construção de aterros sanitários nas cidades pelo Poder Público e melhor fiscalização do seu descarte pelos órgãos municipais e pela sociedade civil organizada para construir um país limpo e responsável.