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Enviada em: 11/07/2018

Com a chegada da Revolução Industrial, a produção passou a ser feita em massa e crescer de acordo com o crescimento populacional, a urbanização e a influência do modelo capitalista, sendo este um forte incentivador do consumismo. Apesar de tal produção ser indispensável à sociedade, os resíduos gerados - o lixo - são causadores de graves problemas ambientais e socioeconômicos que demonstram a necessidade de se buscar urgentemente um modelo de produção sustentável e um consumo consciente.   Dos danos ambientais citados, àqueles relacionados às águas e aos solos são os mais intensos. Isso porque, primeiramente, o despejo irregular do esgoto nos rios além de causar a morte dos seres vivos aquáticos, impossibilita o uso do rio pela comunidade ribeirinha, como no caso do rio Tietê, na cidade de São Paulo. Em segundo lugar, os lixões - reservatórios mais comuns de despejo de lixo sólido nas cidades - têm como subproduto o chorume que afeta as águas locais ao poluir os lençóis freáticos e, além disso mantém o lixo à céu aberto, o que os tornam ambientes ideais para transmissão de doenças ou reprodução de vetores das mesmas, como no caso da dengue, endêmica no Brasil.   Tais doenças citadas acima e outras mais, como a leptospirose e a leishmaniose, englobam-se também nos problemas socioeconômicos, uma vez que atingem diretamente a população e investimentos na saúde são feitos tratá-las, embora possam ser prevenidas. O lixo sólido urbano pode também ocasionar o entupimento dos esgotos, causando enchentes e alagamentos na ocorrência de chuvas. Outra problemática atrelada é o desperdício da rentabilidade que esses resíduos podem oferecer através da coleta seletiva, que além de fornecer outros fins menos nocivos para o lixo- como a fabricação de cadernos reciclados - geram empregos e movimentam a economia.   Percebe-se, portanto, que embora a sociedade necessite consumir e, consequentemente produzir resíduos para garantir a sua sobrevivência e qualidade de vida, se isso for feito de maneira inconsciente graves problemas são gerados e precisam ser revertidos. Para isso, o Ministério do Meio Ambiente deve criar leis que obriguem os Estados a cuidarem dos seus resíduos de maneira adequada, fornecendo verba federal para a construção de aterros sanitários e tratamento dos esgotos e coleta seletiva, eliminando os problemas citados acima. Já o Ministério da Educação deve promover a conscientização por meio da adição da educação ambiental à grade curricular desde a educação básica, aplicando a política dos 5R’s: repensar, reduzir, reutilizar, reciclar e reaproveitar alcançado assim a sustentabilidade necessária para o país.