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Enviada em: 02/08/2018

Após a Revolução Industrial no século XVIII, o mundo passou a conviver com um problema que até os dias atuais é bastante frequente; o lixo. Nesse viés, apesar de o avanço tecnológico propiciar evoluções significativas na vida dos cidadãos, é cada vez mais notório, principalmente em países como o Brasil, que o consumismo exacerbado e a ausência de ações públicas de coleta, armazenamento e tratamento de dejetos culminam em um grande dilema socioambiental. Desse modo, o combate a esse impasse é uma meta coletiva, urgente e irrevogável.     A priori, o progresso tecnológico nos últimos séculos propiciou um elevado crescimento demográfico e surgimento de novos produtos e serviços. Nesse contexto, a inserção da sociedade no mundo do capitalismo e consumismo exacerbado, significou um entrave à preservação do meio ambiente, que sofre com a irresponsabilidade e a despreocupação do ser humano com o crescimento sustentável. Assim, segundo o G1, notou-se um crescimento de 30% do lixo gerado nessa década, em destaque para os resíduos eletrônicos. Por consequência, desastres naturais são acelerados e reforçados por ações antrópicas, confirmando a teoria de Newton: " para toda ação, há uma reação".    Outrossim, além da produção excessiva de entulho, o Estado ainda negligencia a coleta e o destino final dos resíduos. Dessa forma, apesar de o Brasil produzir lixo como um país desenvolvido, o descarte é deficitário, assemelhando-se ao de nações mais pobres. Nesse ínterim, de acordo com dados da Associação Brasileira de Limpeza e Resíduos Especiais, 38% dos brasileiros não tem acesso a serviços de tratamento e destinação adequada de resíduos. Em decorrência disso, é comum e presente nas cidades brasileiras, lixões a céu aberto, entulho nas ruas, alagamentos e mau cheiro.    Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas. Logo, o Ministério da Educação, por meios das redes municipais e estaduais de ensino, deve incluir à grade curricular uma disciplina que trate sobre o crescimento sustentável e o consumo consciente, a fim de formar pessoas que se preocupam com a natureza. Ademais, o Poder Público, por meio de projetos orçamentários, deve promover ajustes nos impostos para empresas recicladoras, fomentando e atraindo essas instituições para reaproveitar e reciclar resíduos que não tem um destino final ideal. Afinal, para o ambientalista Paul Watson, " inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente".