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Enviada em: 02/11/2018

O documentário “Lixo extraordinário” conseguiu misturar o inusitado: arte e lixo. Nele, o artista brasileiro Vik Muniz mostra o cotidiano dos catadores do Lixão do Jardim Gramacho que dependem do lixo reciclável para sobreviver e os transforma em obras de arte. Desta forma, a problemática do lixo na sociedade brasileira vem causando impactos sócio-ambientais incalculáveis .Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas, consequências e possível solução para esse impasse.  Inicialmente, podemos entender a negligência da população e do poder público como principais causas. Segundo Carlos Silva Filho, diretor da AbrELPE, não há incentivo à separação de recicláveis em casa. Ainda de acordo com essa instituição 7 milhões de toneladas não foram coletadas adequadamente, o que leva a um acúmulo torrencial de detritos que poderiam ter um fim ecológicamente correto.  As consequências desse quadro caótico são dramáticas. Segundo o WWF, a Terra perdeu 60% de seus animais silvestres em 44 anos e 90% das aves têm plástico no estômago. O resultado disso é o grande desequilíbrio ambiental que pode levar ao aumento de determinadas populações de animais e à extinção de outras, além de provocar escassez de água e de alimentos. “Não pode haver um futuro saudável e próspero para os homens em um planeta com o clima desestabilizado, os oceanos sujos, os solos degradados e as matas vazias, um planeta despojado de sua biodiversidade", declarou o diretor da WWF, Marco Lambertini.  Portanto, medidas são necessárias para que o lixo não seja mais um problema no Brasil. O Governo Federal em parceria com o Ministério do Meio Ambiente deve implantar taxas para quem produz mais lixo por meio de sistemas que controlem isso. Além disso, cabe ao cidadão também ser consciente de suas escolhas – estimulado por campanhas de conscientização – para que opte pelo descarte correto do lixo. Assim, será possível alcançarmos uma maior harmonia com o meio ambiente.