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Enviada em: 01/11/2018

O lixo: uma questão de economia       Lixo, é todo resíduo sólido, orgânico ou inorgânico, o qual a população produz, consome e, ao perder sua utilidade, é descartado. À medida que os centros urbanos cresceram, o lixo, na mesma proporção, tornou-se um enorme problema para as prefeituras das cidades brasileiras. Por isso, é importante que a sociedade debata, com responsabilidade, como dar uma destinação adequada aos resíduos sólidos produzidos, diariamente, no Brasil.        Inicialmente, faz todo sentido refletir sobre o meio natural, à luz da célebre frase do químico francês, Antoine Lavoisier: “Na natureza, nada se perde, tudo se transforma”. Isto é, nada é novo, mas sim, gerado de algo que já existia, obviamente, quando não havia intervenção humana. Nesse sentido, pode-se inferir que o homem aumentou sua interferência na natureza, de tal modo que, após a descoberta do petróleo, no século XVIII, ainda no advento da segunda revolução industrial, a produção de lixo de difícil decomposição, como por exemplo, o plástico, transformou-se em um dos principais impactos ambientais ao longo dos últimos séculos.        No que tange a sociedade brasileira, nota-se que a produção de lixo e o seu adequado descarte ainda é deficitário. Diante dessa constatação, promover uma mudança comportamental dos cidadãos, para que se possa transformar o lixo em receita, pode ser um caminho válido para o problema do custo de manutenção de aterros sanitários. Desse modo, viabilizar a construção de usinas de biogás, para geração de energia termoelétrica, a partir do lixo orgânico, seria uma boa oportunidade para melhorar a economia das cidades brasileiras, pois, a produção desse tipo de energia é limpa, renovável e barata.       Depreende-se, portanto, que, a sociedade deve pensar sobre a destinação adequada do lixo de uma maneira inversa, tratando-o como solução e não como um problema. Logo, para que o lixo se transforme em benefício, é preciso que as prefeituras invistam em tecnologia e parcerias com empresas especializadas na coleta e separação dos resíduos. Além disso, para que essa mudança comportamental da população aconteça, as prefeituras devem incentivar campanhas de conscientização, ambiental e econômica, dentro das associações de amigos de bairro, bem como, dentro das escolas, para que sejam oferecidos cursos que incentivem o descarte adequado dos resíduos domésticos, e, assim, a população de baixa renda possa vislumbrar, os benefícios gerados em pequenas ações, como por exemplo, na produção de artesanato reutilizando as garrafas descartáveis, gerando, desse modo, renda para a população mais pobre das periferias das grandes cidades.