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Enviada em: 22/03/2019

O sistema capitalista é baseado na produção de mercadorias, de modo que quanto maior for a produção e o consumo, maior o lucro dos burgueses(grandes empresários). Por ser um dos alicerces desse sistema econômico, o consumismo é frequentemente incentivado. No entanto, a medida que a compra de produtos aumenta, há também um acréscimo na quantidade de lixo. Diante da gravidade dessa questão, urge a mobilização conjunta do Estado e dos indivíduos para seu efetivo combate.       Em primeiro lugar, para impedir que a nação seja infestada por materiais descartáveis e os males da sua acumulação indevida, os Estados devem adotar posturas sustentáveis quanto a essa problemática. Aliás, parafraseando Mario Quintana, no poema ''Seiscentos e Sessenta e Seis'', quando se vê, já são seis horas, quando se vê, já é sexta-feira, quando se vê, já se passaram 60 anos, por isso, os governos devem ficar atentos, pois quando se vê, o mundo já está coberto de lixo e, quando se vê, já é tarde demais para tornar-se adepto da sustentabilidade. Fica eminente, portanto, a necessidade de se preocupar com o lixo não amanhã, mas hoje.       Ademais, é indubitável a crucialidade da conscientização dos indivíduos, no que tange a produção de dejetos. Nesse sentido, invés de viver para consumir, é assiduamente recomendado, para que haja uma redução substancial nos volumes de lixo, que as pessoas consumam para viver. Para tanto, é interessante que os indivíduos façam uso da ética de Kant, que em um de seus imperativos categóricos – leis éticas –, diz que as pessoas devem agir como se suas ações pudessem se tornar uma lei universal. Dessa forma, por produzirem muitos resíduos, as pessoas reduziriam essa quantidade, pois se todos fizessem o mesmo – caso isso se tornasse uma lei no mundo –  seria o fim do planeta.         Logo, fica claro que, o controle do comportamental dos cidadãos, em consonância com a atitude do Estado, possui íntima relação com os materiais descartados. Dessarte, é imprescindível que os governos fomentem a construção de usinas de compostagem e de reciclagem, por intermédio de isenções fiscais e subsídios, com intuito de promover uma redução veemente no volume mundial de dejetos. Além disso, à nível local, impende aos municípios, construir aterros sanitários, por meio de obras públicas, com escopo de reduzir os efeitos do lixo no ambiente. Paralelamente, é mister que a mídia realize seu papel informativo, quanto a problemática das influências do consumo na produção de rejeitos e, por meio de campanhas educativas e de conscientização, estimular, como foi supracitado, o consumo para viver e não o contrário. Assim, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo do lixo em escala global.