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Enviada em: 20/05/2019

Segundo Georg Hegel, filósofo alemão, toda realidade é fruto de um processo histórico. Neste sentido, é possível perceber que o descarte adequado de resíduos sólidos sempre foi um grande desafio para a sociedade e continua sendo nos dias atuais, tendo em vista a ocorrência contínua de problemas de saúde e ambientais como, respectivamente, a peste negra que assolou a população europeia durante a idade média e o recente desastre de Mariana na qual a cidade ficou submersa na lama.  Relativo aos problemas de saúde, é notória sua relação com o lixo e o saneamento, uma vez que esses resíduos contribuem para a proliferação de micro-organismos nocivos à saúde e, consequentemente, o surgimento de doenças, como a diarreia e cólera. Consoante dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada um real investido em saneamento são economizados o equivalente a três reais na saúde. Logo, investir em medicina preventiva é mais vantajoso, pois é melhor evitar problemas de saúde com investimentos em saneamento que gastar no tratamento médico da população.   Além disso, os problemas ambientais devem ser levados em conta, haja vista que, na maioria das vezes, os resíduos sólidos acabam indo para o mar, contaminando todo o ambiente marinho e acarretando em consequências negativas, como a morte de animais por inanição e a extinção de espécies. Estudos da rede britânica de televisão e rádio BBC, apontam que até 2050 haverá mais plásticos (em kg) que peixes.  Cabe, portanto, ao Ministério da Infraestrutura promover melhorias no saneamento básico por meio de maiores investimentos e exigência de maior rigor aos municípios na forma como destinam o lixo. Paralelamente, o Ministério da Economia pode estimular as empresas concedendo incentivos fiscais, junto com os bancos, com maior intransigência no fornecimento de crédito para empresários que não cumprem com a legislação ambiental, a fim de alterar a forma como tratam o lixo, impondo uma postura mais sustentável.