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Enviada em: 29/05/2019

A geração de resíduos sempre esteve presente em várias formas de organizações humanas, porém, foi na Primeira Revolução Industrial que essa presença aumentou significativamente nos centros urbanos. De maneira análoga, o filme norte americano "WALL-E" retrata essa problemática em uma distopia de seres humanos que foram obrigados a viver fora da Terra devido ao enorme acumulo de lixo. Fora da ficção, no Brasil, o alto consumo aliado ao descarte inadequado de produtos recicláveis, corroboram para a acumulação de restos que afetam o meio ambiente e a própria população.  Em primeiro lugar, é necessário destacar a demanda por produtos eletrônicos e alimentares que cresce cada vez mais e é diretamente proporcional ao número populacional. Dessa maneira, a reposição dos estoques das indústrias é mais frequente e por consequência o descarte desses também aumenta. Face a isso, o sociólogo e filosofo francês Jean Baudrillard, define como a sociedade do consumo aquela que estimula o aprendizado e exige a participação do indivíduo por meio do consumo. Logo, juntamente com o descarte incorreto colaboram para o acúmulo de resíduos.  Em segundo lugar, o aspecto negativo é a poluição ambiental e contaminação de rios e lençóis freáticos em áreas de depósito do lixo. Visto que os restos orgânicos produzem o chorume, um líquido altamente tóxico que é produto das reações químicas, físicas e biológicas em locais de descarte.  Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério do Meio Ambiente deve criar um programa de incentivo econômico e político, para todas as cidades brasileiras investirem na construção de aterros sanitários e cooperativas de reciclagem, com a finalidade de reduzir os impactos negativos dos resíduos sobre o ambiente. Ademais, cabe ao Ministério da Educação a inserção de palestras nas escolas com o tema do consumo excessivo ligado ao lixo. Desse modo, a distopia do filme "WALL-E" se transformará, com o consumo e descarte consciente, em uma utopia no Brasil.