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Enviada em: 28/08/2019

O raciocínio do alemão Paul Ehrlich, de que a humanidade está cortando o galho em que está sentada, pode ser associada ao pertinente viés presente no Brasil: a superprodução de lixo e o seu descarte incorreto. Esse impasse no país se dá em virtude da negligência do Estado e da inconsciência entre os cidadãos, que agem de maneira inconsequente no que tange à natureza. Por isso, os desafios decorrentes do lixo devem ser imediatamente analisados e sucumbidos do cenário nacional.       Precipuamente, é válido expor que a ascensão do capitalismo e no mundo impulsionou a produção de resíduos entre os seres humanos, uma vez que o resultado desse sistema econômico é o consumismo exacerbado. A reciclagem desses objetos descartados é de suma importância para o meio ambiente e para a continuidade do comércio, uma vez que os recursos naturais no planeta não são ilimitados, como defendido pela tese de Lavoisier de que, na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Desse modo, infere-se que a capacidade de requalificar tamanha quantidade de lixo no Brasil seja tão grande quanto a sua geração. No entanto, não é, pois como explícito por pesquisas do Governo Federal, em 2013, somente 10% dos resíduos gerados são reaproveitado no país. Este fato reflete, com maestria, a irresponsabilidade do Estado ante as mazelas oriundas da questão do lixo.       Ademais, é ingênuo acreditar que a sociedade age conscientemente no que se refere à produção e ao descarte desses materiais em desuso. A poluição intensa do Rio Tietê, em São Paulo, é um claro exemplo da insensatez dos brasileiros frente ao destino correto do lixo, o qual pode levar décadas para se decompor na natureza, ou até mesmo um milhão de anos, como acontece com o vidro, segundo o Sistema de Informação Infanto Juvenil em Biossegurança. Além disso, é indispensável que atitudes responsáveis, como mostrado pela rede de fast food's MacDonalds, a qual substituiu o plástico pelo papel na confeccção de canudinhos, sejam observadas, acatadas e difundidas pela comunidade.       Dado o exposto, urge que os problemas advindos do lixo sejam arrefecidos do cenário brasileiro. Em primeiro lugar, os Poderes Legislativo e Executivo devem garantir que os resíduos sejam devidamente reciclados no país, por meio da criação e execução de leis que obriguem empresas e indústrias comerciais a separarem o lixo de acordo com a sua natureza - pois isso facilita o processo de reciclagem -, com o fito de diminuir o excesso desses materiais no meio ambiente. Outrossim, é indispensável que o Ministério da Educação, junto ao do Meio Ambiente, promovam ações conscientizadoras nas escolas, mediante palestras e campanhas informativas que esclareçam aos mais jovens a importância da reciclagem e do descarte correto do lixo, com a finalidade de assegurar que os cidadãos sejam responsáveis diante da problemática e de desassociar a máxima de Ehrlich do Brasil.