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Enviada em: 11/06/2017

Com o advento do capitalismo, consolidou-se o consumismo. Desde a Revolução Industrial, no século XVIII, esse sistema econômico se firmou na sociedade. Trouxe consigo inúmeros benefícios, tais como: menor tempo de produção e maior variedade de produtos finais. Entretanto, uma das suas consequências é preocupante: o aumento da quantidade de lixo. A rapidez do processo produtivo e a frequente inovação provocam um descarte inconsciente, tornando nocivo ao meio ambiente e à saúde da população. Dessa maneira, soluções para o impasse são necessárias.  A paisagem natural foi forçada a tornar-se símbolo de poluição e acúmulo de dejetos. O meio ambiente é o primeiro a sofrer com essa problemática, visto que, os rios e lagos agora estão recobertos por objetos descartados. Além disso, bueiros entupidos impedem o escoamento de água, lavando os solos e retirando seus nutrientes. A chuva ácida, causada pela decomposição de lixos orgânicos, provoca a morte de vegetais. Percebe-se, portanto, o desvelo da sociedade consumista e produtora desordenada de dejetos como responsável pelo desequilíbrio ecológico. Assim, a citação do escritor Carlos Drummond de Andrade “tentamos proteger a árvore, esquecidos de que é ela que nos protege” não se insere no atual contexto, já que o altruísmo não faz mais parte do mundo industrializado.  Neste cenário, no Brasil em questão, a Constituição Vigente garante o direito de todos a um meio ambiente equilibrado, tanto à atual como futura às gerações. Todavia, a população pouco faz para assegurar esse benefício. Por praticidade ou falta de coleta, depositam lixos orgânicos, recicláveis, radioativos em locais inapropriados. Essa atitude, por vezes, prejudica a vizinhança local. Coloca-se, assim, a saúde do indivíduo em risco, já que o mesmo fica exposto a elementos tóxicos e poluentes. Além disso, o ambiente também é afetado por tal atitude. Este tipo de violência ao ecossistema e seus integrantes torna-se uma derrota, assim como anunciou o filósofo Jean-Paul Sartre.  Dessa maneira, é imperativo medidas para solucionar este problema. Ao poder público cabe através de parceiras com os municípios disponibilizar o serviço de coleta seletiva, financiado pela distribuição dos impostos arrecadados pela Receita Federal, visando atenuar o despejo de lixos em locais inapropriados. Ainda, é responsabilidade de cada cidade colocar recipientes de lixos recicláveis em pontos estratégicos para evitar o acúmulo desnecessário do mesmo. Com essas soluções impostas pelo Governo, cabe à mídia, através de propagandas publicitárias incentivar a separação dos resíduos sólidos para facilitar e auxiliar o serviço de coleta. Já à escola, ferramenta essencial para formação de opinião, cabe desenvolver atividades lúdicas para ensinar o quão nocivo os dejetos são para o equilíbrio ecológico, afinal, à luz de Immanuel Kant, o cidadão é aquilo que a educação faz dele.