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Enviada em: 20/10/2017

Segundo o filósofo Karl Marx, a população está inserida numa sociedade de consumo. Nesse sentido, analisando fatores históricos como as três grandes revoluções industriais pode-se perceber o modelo de produção adotado pela maioria dos países. No cenário brasileiro, começa a se constatar as adversidades ocasionadas por esse estilo adotado, como o expressivo volume de lixo produzido todos os dias nas diversas cidades sem ter um destino adequado, o que está acarretando problemas tanto para os cidadãos, quanto para o meio ambiente. Sendo assim, convém analisar as causas e consequências para que se possa chegar a uma solução efetiva.       Primeiramente, é importante destacar que o país está inserido em um contexto mundial altamente capitalista. Dessa forma, as grandes empresas detentoras da maior parte do capital financeiro criam formas de cada vez mais estimular o consumo por parte dos indivíduos com o bombadeamento de propagandas, associação de sentimentos a um produto e a obsolescência programada. Ademais, seguindo o pensamento de Marx associado ao de Émile Durkheim, o capitalismo cria a necessidade de consumo, e por o ser humano ter uma maneira coletiva de agir e de pensar, esses hábitos são transmitidos entre as pessoas e para as próximas gerações. Logo, verifica-se que o problema está longe de acabar e é bem mais complexo do que parece.       É válido lembrar ainda, que além da enorme quantidade de resíduos gerados no país um dos grandes entraves está na destinação dada a esses restos de materiais. Nesse sentido, apesar da criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos que previa erradicar com os lixões até 2014, onde somente 44% dos municípios conseguiram colocar em prática, a maior parte do lixo ainda é destinado aos lixões a céu aberto. Por conseguinte, são inúmeras as adversidades provocadas por esses locais, como a contaminação do lençol freático e a proriferação de vetores transmissores de doenças. Além disso, contabiliza-se uma perca de, aproximadamente, 530 bilhões de reais, segundo o Instituto Trata Brasil, com medidas paleativas sobre os danos causados.       Fica evidente, portanto, que ações são necessárias para atenuar esse impasse. Em primeiro lugar, o Governo Federal deve criar uma lei que obrigue as empresas a disponibilizar locais de coleta de suas embalagens para que possam ser usadas novamente na cadeia de produção, medida que pode ser feita por meio da responsabilidade compartilhada entre o público e privado. Outrossim, é preciso que a Política Nacional de Resíduos Sólidos reveja seus critérios e crie novas metas para que os municípios possam cumprir na gestão do lixo, bem como as escolas e a mídia devem promover campanhas educativas para as crianças e adultos a respeito da importância da sua..."CONTINUAÇÃO EM ANEXO"