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Enviada em: 30/10/2017

Na obra cinematográfica dirigida por Andrew Stanton, em um futuro distante, o robô WALL-E passa o dia limpando o lixo do planeta. Nesse contexto, um problema que aproxima o cinema da vida real, no Brasil, é a excessiva produção de lixo. Em suma, o problema é alicerçado por estratégias econômicas de empresas e deve ser entendido como uma questão de cidadania e responsabilidade social.    Com a Revolução Industrial, no século XVIII, surgia o modelo desenvolvimentista focado na produção em massa. O problema é que o incentivo ao consumo exacerbado, com o intuito de acompanhar essa nova maneira de produção, está entrelaçado ao aumento da quantidade de resíduos per capita. Como exemplo disso, a obsolescência programada e a publicidade apelativa estimulam a sociedade a trocar constantemente os produtos, seja por defeitos, seja por motivação psicológica.    Ademais, deve-se entender que o lixo é um problema de todos nós. Apesar de fatos auspiciosos, como deter o recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio, o Brasil ainda apresenta uma sociedade pouco preocupada com a coleta seletiva, isso se deve, em parte, pela falta de informação. Assim, é notório o reflexo negativo em forma de enchentes, contaminação de solos e rios, agravamento do aquecimento global e a intoxicação de animais.    Portanto, a fim de caminhar para um futuro onde o robozinho WALL-E seja totalmente dispensável, o poder legislativo deve criar leis que obriguem as indústrias a produzirem e comercializarem de forma sustentável: com o uso de materiais biodegradáveis e reutilizáveis e a substituição de materiais descartáveis por materiais retornáveis, como por exemplo, trocar as embalagens de caixas de papel vidro; a ampliação da logística reversa, que consiste em fazer com que resíduos reaproveitáveis sejam recolhidos pelo próprio fabricante; bem como a inclusão em propagandas e rótulos de informações sobre como descartar os materiais adequadamente e a importância de produzir menos lixo e preservar o meio ambiente. Espera-se assim, não apenas viabilizar o reaproveitamento e reciclagem de materiais, mas também reforçar valores de cidadania e consumo sustentável.