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Enviada em: 03/11/2017

O físico alemão Albert Einstein disse certa vez: ``a menos que modifiquemos nossa maneira de pensar, não seremos capazes de  resolver os problemas causados pela forma como estamos nos acostumados a ver o mundo ``. Quem sabe, nos dias de hoje, ele compreendesse melhor seu pensamento, visto que muitas pessoas tratam o descarte de lixo como um caso isolado da sociedade. Entretanto, ao se fazer uma análise mais consistente, percebe-se que fatores comportamentais e políticos convergem para essa problemática.       A priori, a gestão do lixo no Brasil ainda é ineficiente. Isso porque, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil em 2013, criado com o objetivo de facilitar o acesso à informação acerca da produção de lixo, 60% das cidades encaminham os dejetos para locais inapropriados, e há lixões a céu aberto em todos os estados. Nesse sentido, convive-se com uma série de consequências no meio urbano, como mau cheiro, sujeira e até mesmo afluentes de rios e solo poluídos. Nesse sentido, ainda que a humanidade tenha progredido por meio da urbanização, um grande volume de resíduos é eliminado sem possuir um destino adequado.             Além disso, há falta de conhecimento acerca dos destinos mais adequados para os detritos e a produção descontrolada dos mesmos pela população. Somado a isso, a proposta de coleta seletiva de lixo ainda é uma utopia, visto que, na maioria das localidades, a eliminação ocorre sem a devida atenção, além da não existência estrutural, como carros que façam esse tipo de coleta; faltam locais que reaproveitem cada tipo de material, como cooperativas. Enquanto isso, a população produz cada vez mais lixo e os resultados são a crise na administração do lixo e a poluição por ele gerada.       É evidente, portanto, que a carência na organização e a falta de atitude consciente traz problemas para o homem. Nesse viés, competem as escolas organizarem didaticamente as aprendizagens e os conteúdos programáticos sobre o tema, a fim de sensibilizar os alunos desde cedo na busca por mudanças conceituais e atitudinais sobre a questão do lixo e meio ambiente Ademais, as autoridades, como o Ministério do Meio Ambiente, deveriam investir na melhoria estrutural, por meio da fiscalização maior dos estados quanto às práticas de recolhimento e depósito ou reciclagem do lixo, a fim de que a população tenha acesso ao direito da salubridade. Assim, Einstein vangloriar-se-ia de mais essa descoberta.