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Enviada em: 09/05/2018

Segundo Aristóteles o homem é um animal político, sendo a política tão antiga quanto à vida em sociedade, e movimentos populares - visando melhores condições de vida - tanto quanto a política. Entretanto os atuais modelos de manifestação pública derivam da Revolução Francesa, que é o marco do início da idade contemporânea. Mesmo que no século XXI as mudanças sociais e tecnológicas tenham modificado as demandas publicas e forma como se aplicam a essência da busca por liberdade igualdade e fraternidade continua a mesma.        Em maio de 1968 - também na França - ocorreram várias manifestações que tinham como ativistas jovens em sua maioria. Com esse mesmo perfil de movimento surgiu na Tunísia 43 anos depois - em 2011 - protestos reivindicando o fim da ditadura, liberdade política e oportunidades de emprego. Ocupando espaços públicos e marchando rumo aos centros de poder, como os franceses do século XVIII momentos antes da Tomada da Bastilha, a juventude tunisiana dava início à Primavera Árabe.         O diferencial das modernas manifestações foi o uso maciço das redes sociais como o Twitter e o Facebook, para organizar os protestos, divulga-los e contornar a censura oficial. Se antes os meios tradicionais de comunicação como a TV e o rádio tinham o monopólio do discurso, com a popularização da internet os internautas ganharam voz ativa. Com isso tem o poder de apoiar, repudiar ou divulgar acontecimentos relevantes a política interna.      Sendo assim é perceptível que no século XXI não somente as mudanças sociais afetam movimentos políticos, mas também os avanços tecnológicos. Exemplo disso foi o desenvolvimento das redes de computadores que teve impacto tão importante nos movimentos sociais como maio de 68 . Tendo isso em vista caberia a ONU modernizar a carta de direitos humanos e acrescentar um artigo aos 30 atuais. O direito ao pleno e livre acesso a internet, já que atualmente ela é uma ferramenta necessária ao exercício da plena cidadania.