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Enviada em: 24/04/2018

O filósofo inglês John Locke defende a ideologia da preservação dos direitos naturais de cada indivíduo (liberdade, vida e bens necessários para a conservação de ambos). Segundo o líder empírico, recaía sobre o governo a manutenção de tais direitos, e em circunstância do não cumprimento dessa função, era dever do povo mobilizar-se para manifestações reivindicativas. Indubitavelmente, a expressão de pensamento livre é fundamental em uma sociedade. Entretanto, sem o comprometimento do direito de ir e vir de cada cidadão, bem como sua integridade física. Na contemporaneidade, é imprescindível a análise da temática, para garantia de igualdade jurídica à toda a população.                                                                                                                                                                    Em primeiro plano, é imperante a compreensão de que - dentre as causas dessa problemática - destaca-se o oportunismo de vândalos em eventos em massa, para atuar em prol da violência e degradação (depredação de patrimônios sociais, roubos, entre outros). Em 2013, emerge um grupo mascarado e anarquista, os black blocs, durante os protestos contra a permanência da ex-presidente, Dilma, no executivo. Esse contexto crítico evidencia um sistema educacional brasileiro insuficiente quanto à questões de ética e moral. Dessa forma, medidas interventivas são indispensáveis para, quiçá, solucionar essa adversidade.                                                                                                                        Ademais, ante tais circunstâncias, cabe salientar a falta de propósito em alguns manifestos, sem objetivo preciso ou causa eficiente. O cérebro humano é movido com maior intensidade por suas emoções desordenadas e instinto, e secundariamente pela razão. O sociólogo, Pedro Calabrez, reforça a ideia de que o homem opera predominantemente de forma automática e impensada. O ser humano animal, como participante de um protesto irracional, traz por conseguinte ao manifesto, o provável caos. Portanto, é impreterível a atuação conjunta de Estado e sociedade para coibir tamanha conjuntura.                             Com embasamento nesse cenário de agressão às garantia sociais, impõe-se ao Estado um maior investimento na área de educação moral e princípios dos Direitos Humanos, de modo a introduzir nas Instituições de Ensino Fundamental e Médio palestras que agreguem valor à pátria e às mobilizações pacíficas e saudáveis como forma de expressão. Outrossim, ainda no âmbito educacional é interessante a elevação da importância das disciplinas de sociologia e filosofia por parte das escolas, porque configuram-se como principais progressoras do pensamento crítico e racional. Em suma, com análise e aplicação das propostas anteriores, há possiblidade de solução do impasse quanto aos direitos individuais de protesto público no Brasil.