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Enviada em: 29/04/2018

O filósofo Mário Sérgio Cortella, em seu livro "Não Nascemos Prontos", ensina que o homem insatisfeito é o que tem o poder de provocar mudanças ao seu redor. Sendo assim, o fenômeno das manifestações populares não é algo presente apenas no século XXI, mas o modo de reivindicar se difere das revoluções passadas. Contudo, apesar de avanços jurídicos assegurar a todos os indivíduos o direito de liberdade de expressão, tornando as manifestações mais pacíficas, a mídia e os próprios manifestantes podem suscitar discórdia.  Primordialmente, o Brasil foi palco de intensos protestos em Junho de 2013. Em que, as passeatas obteve números significativos de concentração populacional, aspecto este que agrega força ás reivindicações. Contudo, a falta de confluência entre os próprios manifestantes dificultou a obtenção de bons resultados, pois dentro de uma mesma passeata, haviam diversos grupos militantes de causas diferentes. Ademais, alguns grupos políticos encontraram nas manifestações a oportunidade de se auto-promover; fato que agravou o dissenso entre os cidadãos presentes nesse processo revolucionário.  Além disso, outro fator agravante dessa problemática foram as redes midiáticas. Em que, diversas situações não foram retratadas de forma fidedigna. Assim, a imagem de jovens manifestantes, cuja representação, nos canais de comunicação, foram banalizadas sem que houvesse a supressão, de pequenos grupos de manifestantes, que, de fato  cometiam atos de vandalismo. Devido a isso, houve a polarização entre os não manifestantes, representados pela figura do "cidadão de bem" e os "baderneiros". Sendo Assim, a divergência entre os grupos, impulsionada por falsas noções, é algo prejudicial para todos os brasileiros, pois, ambos os polos desejam o fim da corrupção no Brasil.  Em conclusão, é trivial que todo e qualquer tipo de manifestação gera mudanças positivas para uma nação. Contudo, este processo deve ser feito de forma organizada e respeitando o Código Civil, com o fito de promover efetivas mudanças, sem que haja violência ou qualquer retrocesso no país em questão. Sendo assim é necessário que para toda a militância existam líderes encarregados de promover passeatas pacíficas e organizadas, com locais e horários definidos; par que outros cidadãos avulsos á estas ações não se prejudiquem. É fundamental também, que estes líderes se pronunciem expondo suas reivindicações de maneira clara e precisa, afim de evitar distorções midiáticas. Deste modo, poderá ser efetivado um acordo entre representantes políticos e a população. Assim, o cidadão poderá gozar de seus direitos garantidos pela Constituição Federal, para continuar revindicando por mudanças, pois segundo o filósofo Platão: "O importante não é viver, mas viver bem."