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Enviada em: 20/05/2018

Primavera Árabe. Euromaidan. Revolução dos 0,20 centavos. Todos esses são exemplos de manifestações populares ocorridas nos últimos anos. No contexto globalizado atual, tais mobilizações refletem o sentimento de uma população, se mostram como uma comprovação da democracia e funcionam como ferramenta de mudança social. Dessarte, por estarem muito presentes no Brasil e no mundo faz-se necessário analisar a atuação das manifestações cidadãs no século XXI.       Em primeiro lugar, cabe perceber que as mobilizações populares tem a função de reivindicar melhorias. A Manifestação dos 0,20 centavos ,por exemplo, ocorrida em 2013, no Brasil, foi um dos casos onde as cobranças eram direcionadas ao governo, nesse cenário, no que diz respeito à educação, saúde, transporte e luta contra corrupção. Outrossim, existem as manifestações daqueles que cobram da própria sociedade respeito, aceitação e igualdade, como no caso dos movimentos LGBT e Feminista. Por conseguinte, ao externarem suas opiniões, os grupos de manifestantes tentam conquistar e efetivar as mudanças que defendem.     Ademais, convém ressaltar o enorme auxílio das mídias sociais para as manifestações da contemporaneidade, que contaram com Facebook, Twitter e Instagram para marcar e organizar as passeatas e mobilizações. No entanto, apesar da magnitude e das boas intenções das manifestações, ao buscar resoluções, essas podem desencadear problemas ainda maiores. Exemplo disso, é o caso da população síria que, ao tentar derrubar um ditador, acabou provocando uma guerra civil, que persiste até hoje e gera milhões de mortos e refugiados. Dessa forma, ao observar as violentas repressões governamentais contra pessoas que apenas buscam liberdade e melhores qualidades de vida, nota-se que a democracia ainda se mostra como uma utopia em vários países do mundo.    Torna-se evidente, portanto, que as manifestações populares são importantes na mudança social e precisam ser valorizadas. Nesse sentido, é dever do Estado, por meio do MEC, distribuir nas escolas cartilhas que tratem sobre o valor da participação da nação em todos os setores da sociedade; além disso, deve buscar garantir as demandas da população em geral, mitigando assim, suas reclamações. Outrossim, é dever da mídia, como grande formadora de opinião, exibir programas informativos, na TV e na internet, que expliquem as razões das manifestações que ocorrem no Brasil e no mundo, por meio de discussões sobre o assunto e exposição de dados e estatísticas, com o intuito de deixar a população ciente do que se passa e com conhecimento sobre as contestações das diversas classes sociais mundo afora, para assim, formar cidadãos cada vez mais informados e com opinião própria estabelecida. Tudo isso, a fim de que a democracia possa verdadeiramente se efetivar.