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Enviada em: 04/06/2018

Em maio de 1968, na França, a insatisfação em relação a uma sociedade incapaz de garantir condições básicas de sobrevivência, liberdade e justiça fez com que manifestações estudantis e operárias clamassem nas ruas por mudanças. Na contemporaneidade, as mobilizações populares continuam frequentes e notórias, mostrando, desse modo, que a negligência do poder público e a repressão ainda se fazem presente em pleno século XXI.    Primordialmente, a crise generalizada e os constantes casos de corrupção fizeram com que manifestações populares eclodisse no Brasil. Visto que, devido a alta taxa de desemprego, sucateamento de serviços básicos, como a saúde, e o aumento no preço do óleo diesel, os brasileiros se viram obrigados a saírem do estado de inércia e a irem para as ruas reivindicar seus direitos, fato observado em junho de 2013 e na recente paralisação dos caminhoneiros, em 2018. Ressaltando, dessa maneira, o sentimento de abandono e insatisfação perante um Governo ineficiente, que não garante o bem-estar social de sua população.     Por outro lado, a forte repressão sufoca o poder revolucionário das mobilizações. Tendo em vista que, mesmo a Constituição Cidadã garantindo o direito a manifestação, a utilização de tropas de choques e bombas de efeito moral, mesmo em protestos pacíficos, demostram a fragilidade entre a lei em teoria e a aplicada no país. Algo observado no emprego da Força Armada pelo Presidente Michel Temer, de maneira exagerada, nos protestos de maio de 2017, no Distrito Federal. Dessa forma, o Estado acaba calando o Gigante que acordou e, começa a reivindicar uma Pátria com mais ordem e progresso.    São as manifestações populares que lutam contra o descaso do poder público e pelo direito a voz. Portanto, para que haja mudanças a Escola deveria implantar na grade curricular de Sociologia o estudo aprofundado sobre política, por meio de atividades lúdicas em sala de aula, como a simulação dos papéis desempenhados pelos três Poderes e das possíveis reivindicações que poderiam estar em pauta em uma manifestação, a fim de formar cidadãos conscientes de seus direitos. Para que, assim, a luta por um país melhor seja feita de maneira crítica e as transformações  conquistadas concretas.