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Enviada em: 04/06/2018

Na obra "Os sertões", o pré-modernista Euclides da Cunha expõe, por meio de anotações a repressão imposta a um grupo de populares que se manifestavam contra o Governo e o tratamento brutal, no qual eram submetidos opositores ao regime vigente. Atualmente, vê-se que a democracia expõe um poder republicano, no entanto muitas manifestações civis ainda são duramente reprimidas, em consequência há uma explícita transgressão aos direitos públicos, o que se deve a fatores como a idealização do sentido de ordem e cidadania frequentemente frágil.    Convém ressaltar, a princípio, que protestos são notórias expressões sociais que dizem respeito à óbices públicos, com isso, suas efetivações são necessárias para afirmação do cidadão, porém a inibição desses revelam debilidades na administração governamental, já que em exposições dessa magnitude, muitas vezes, são cobradas o exercício das leis e a plena gestão da sociedade. Essa conjuntura, de acordo com os ideais do contratualista Jonh Locke alude ao “contrato social” e sucinta sua violação, uma vez que o Estado não cumpre a sua função de garantir que tais indivíduos gozem de direitos assegurados pela constituição. Nesse contexto, é essencial que ocorra a aplicabilidade das normas, por meio de fiscalizações mais intensas pelos Ministérios Públicos, com o repasses dos dados para esse setor, a fim de que a homeostase civil seja um princípio básico.     Além disso, a ordem se mantém quando os interesses do povo e do Governo estão em consonância, todavia quando há discordância não significa que há falta, mas sim sensibilização dessa que não justifica o uso da força, pelo contrário se faz necessário uma abertura para negociações e diálogo. Dessa forma, a deturpação desse sentido acaba funcionando como a primeira lei de Newton, a lei da inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer no seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando-o de percurso e desestereotipando esse significado e diminuindo a hostilidade frente a esses movimentos. Nesse sentido, a Primavera Árabe corrobora com essa afirmação, pois os civis foram oprimidos violentamente quando tentavam restabelecer a democracia.                                   Evidenciam-se, portanto, significativas dificuldades no respeito a manifestações populares, que lesam inúmeros cidadãos. Por conseguinte, as escolas devem enfatizar movimentos civis, por meio de peças teatrais e exibição de documentários com a ampliação da horas/aula de história, a fim de que os alunos saibam o papel do Estado e a aplicabilidade de ordem, pois assim será maximizada a chance de mudança na atitude registrada pelo escritor pré-modernista por parte da gestão. Só assim, funcionando como a força descrita por Newton, mudando o percusso desse problema aumentam as chances de se alcançar uma cidadania pragmática e realmente legítima.