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Enviada em: 03/06/2018

. Em sua obra ‘’Utopia’’, Thomas Morus descreve uma sociedade perfeita e tolerável, em que os governantes são astutos e hábeis, uma comunidade erguida na base do racionalismo, que condena a cobiça e desejos individuais egoístas. Fora do parâmetro ficcional, no entanto, no século XXI, cresce manifestações e revoltas por reivindicações e contra governos corruptos, em essência aos seus privilégios e impunidade aos praticantes, exaltando, assim, o espírito coletivo por mudanças e transformações. Tal quadro ocorre devido aos resquícios históricos de privilégios do Estado e a coerção social dos indivíduos em sociedade.      Mormente, é indubitável as bases que sustentam e fortalecem governos não apartidários as reivindicações coletivas. De acordo com Sérgio Buarque, no Brasil, as mudanças políticas e sociais ocorreram conservando elementos paternalistas e patrimonialistas que dificultaram a consolidação da democracia. Posto isto, crescem imposições aos poderes do Estado pelos privilégios e altos impostos, que dificultam o pleno gozo de uma sociedade estável, em que verbas e recurso são desviados aos bens privados, desvinculando o papel da democracia e aptidão dos membros políticos. Dessa forma, elementos enraizados de patrimonialismo ratificam manifestações por mudanças.        Outrossim, segundo P.Bourdieu, a sociedade possui um forte poder de coletividade e conscientização em prol da um objetivo coletivo. Nesse contexto, quando o ato referido é contra os bens e direitos civis, manifestos de imposições tendem a ocorrer, caso sucedido em 2018, pelo aumento do preço da gasolina e mobilização nacional de caminhoneiros, apoiado por uma parcela significativa da nação brasileira. Dessa maneira, vê-se que o poder coletivo é um bem intrínseco e essencial as manifestações em pleno século XXI, buscando melhorias sociais e jurídicas no âmbito civil.       Dessarte, infere-se que uma sociedade baseada na racionalidade e desvinculada de cobiça e desejos individuais são padrões distantes dos governos hodiernos, necessitando medidas mútuas e legais para atenuação desse errôneo vinculo histórico de corrupção. É mister, portanto, que o Governo Federal investigue, aliado às CPIs, recursos e orçamentos destinados as construções públicas e medidas sociais, punindo de maneira legítima e eficaz políticos ilícitos, com objetivo de resguardar recursos públicos de maneira correta. Ademais, é elementar o apoio do país pelas manifestações em busca de direitos, com o auxilio da Mídia com ficções engajadas despertando o sentimento de catarse ao coletivo, consoante o sustento de ONGs na causa social, efetivando o fortalecimento transformados da população.