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Enviada em: 01/06/2018

Não é de hoje que as manifestações populares são notórias nas sociedades mundiais.Um exemplo evidente seria a Revolução Francesa que foi a primeira manifestação política feminina. Coincidentemente os franceses do século XVIII e os brasileiros do século XXI, cada um a sua maneira, compartilham aspectos históricos semelhantes. Ambos colocaram em prática o conceito de cidadania,porém, os motivos que levaram a França a uma ruptura com a aristocracia trouxeram aos brasileiros um situação inédita de pressão popular aos centros de poder lutando por reivindicações. Em primeira análise, deve-se pontuar que em um cenário onde há a descrença política somada a impunidade é incontestável a formação de um ambiente de instabilidade. Independente das manifestações serem virtuais ou presenciais, as mesmas tem como objetivo fazer pressão nas autoridades para uma maior visibilidade dos reais problemas da sociedade em uma tentativa de efetivar o sistema vigente. Um exemplo recente disto, é a greve dos caminhoneiros que pararam por 10 dias porquê segundo eles, o custo atual do petróleo torna inviável o transporte de mercadoria no país. Outro ponto relevante, nesse contexto, é a antítese que há quando as manifestações acontecem. Apesar de prevista no Artigo 5º em seus incisos IV e XVI da Constituição Federal o direito  à liberdade de opinião e expressão e o direito de manifestação, muitas das vezes estas são tratadas pelos governantes como atos de perturbação pública. O que não aconteceria se os mesmos realmente trabalhassem para uma verdadeira república semelhante aquela idealizada pelos Romanos. Entretanto,o que se vê nos noticiários Brasil a fora são serviços públicos precários, transporte coletivo caro e ineficaz sem mencionar a corrupção dos governantes. É notório que os movimentos sociais, como os que ocorreram tanto na França como no Brasil, podem mudar uma sociedade para melhor. Por conseguinte, é fundamental que as escolas proporcionem debates, palestras e aulas voltadas ao ensino da Constituição para que então haja uma formação de cidadãos engajados politicamente, com voz ativa, e consciência política e cidadã. Paralelamente a isso cabe ao Estado e ao Poder Público uma ratificação dos nossos direitos à manifestação e liberdade de expressão para fazer valer a frase de Evelyn Beatrice Hall “Discordo do que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo”.