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Enviada em: 29/05/2018

A exposição artística “Levantes” do historiador de arte Georges Huberman, trata as manifestações populares como algo transdisciplinar. Assim, fica categórico que, os protestos vão além de ideologias, torna-se a concretização do direito de reivindicar à democracia. Entretanto, na contemporaneidade a repressão com o uso da violência nesses movimentos coloca em xeque a identidade social dessa aquiescência.     Sob esse viés, as medidas tomadas pelo Estado se distanciam para evitar confrontos violentos. Em virtude de garantir a proteção da sociedade, esse órgão conforme Einstein, tem o dever de proteger o indivíduo e de lhe oferecer a oportunidade de manifestar a sua personalidade criadora. No entanto, no Brasil, a proteção policial apresenta ineficácia em muitos casos excedendo a força em grandes eventos. Nesse cenário, o jornal O Globo publicou em 2013, a condenação do Estado de SP pela conduta violenta dos policiais militares nas manifestações do ano referido, o governo pagaria cerca de R$ 8 milhões de reais de multa.        Outrossim, pode-se apontar também como empecilho da legitimidade dos atos populares, certos grupos de manifestantes que se apropriam dos protestos para degradar propriedade públicas e privadas bem como incitar a violência. Similarmente, ocorreu nas manifestações pelo Brasil em 2011, ativistas denominados Black Bloc ameaçaram a integridade física não somente os participantes como também dos policiais militares. Com efeito, a noção de unidade dos que participam de forma construtiva é perdida.        Infere-se, portanto, que o Ministério de Justiça em conjunto com a Policia Militar e ONGs promovam cursos e treinamentos devidos focando em técnicas mais modernas para o controle de distúrbios no modo de abordagem dos policiais nos protestos. Ademais, o MEC em parceria com as escolas, crie oficinas educativas visando a elucidação das massas sobre a importância de atos populares, por meio de palestras de sociólogos e pedagogos que orientem sobre o direito às reivindicações e como fazê-las, incentivando o senso crítico social.