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Enviada em: 03/06/2018

É indubitável que as necessidades sociais estão atreladas ao momento político da época. Desde o Egito Antigo haviam relatos de manifestações quando os trabalhadores cruzaram as pernas contra o seu líder Ramsés. Destarte, no que tange aos tempos hodiernos, a consolidação da democracia na globalização atual e o advento da internet e das tecnologias intensificaram os manifestos sociais e possibilitaram uma maior tradução desses anseios .     De início, cabe pontuar o poder das redes de comunicação na expansão de ideias. É verdade que a internet é fundamental nessa exposição, no entanto, com a intrínseca relação do jornalismo internacional, as manifestações locais puderam ser entendidas mundialmente. À vista disso, é possível explicar a grande exposição das primaveras árabes do Século XXI, manifestações de cunho democrático, em tempo real e com juízo de valor, o que torna o leitor muito mais crítico aos problemas. Assim, como ocorrido nas manifestações dos caminhoneiros em 2018, a mídia se tornou um agente interlocutor entre os manifestantes e os governantes, o que, no entanto, não retira a contribuição das redes sociais nas revoltas.     Além do mais, é importante validar o poder da internet no empenho popular. De acordo o sociólogo Pierre Levy, o virtual tende a potencializar o real. Nesse viés, sites que possuem fóruns de debates e sites de exposição, como o Orkut e Facebook respectivamente, proliferam e reúnem opiniões das camadas populares, o que fortifica revoltas, como as manifestações de rua de 2013, que não possuíam um teor, até então, político. Sendo assim, deve-se tomar cuidado com o norteamento dessas opiniões, pois é noticiado a proliferação gradativa dos 'Fake News' e isso pode alienar a sociedade ao torná-la massa de manobra de políticos e lobistas.    Fica evidente, portanto, que a democracia deve ser respeitada e protegida contra qualquer tipo de censura. Entretanto, para isso, é preciso que as redes sociais certifiquem as fontes das notícias publicadas, de modo que o sistema alerte sobre sites de notícias falsas, no intuito de atentar o usuário sobre o compartilhamento dessas notícias que não assegurariam a liberdade do próximo, Uma vez feito essa filtragem, os manifestos passariam a ter mais credibilidade com razões óbvias e fundamentadas, ao passo que o Ministério da Justiça punirá de forma veemente os cidadãos que tentem desvalidar a expressão da opinião do próximo, seja pela publicação de notícias falsas ou sendo pelo bloqueio das manifestações de rua, de forma que essas punições coíbam essas ações más intensões e fortaleçam o direito constitucional de se rebelar.