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Enviada em: 30/05/2018

O processo embrionário das manifestações populares brasileiras está diretamente interligado à consolidação da sociedade, pois, desde o Primeiro Reinado, é notória a presença  de reivindicações no país. Estas possibilitam o corpo social de expressar, com maior visibilidade, seu descontentamento  e clamar por seus direitos essenciais. No entanto, na hodiernidade, tais manifestações ocorrem constantemente, o que altera, de forma considerável, a estrutura interna do país. Assim, fica transparente que o Estado menospreza a vontade geral, abordada pelo filósofo contratualista Rousseau.          Em primeira análise, é importante ponderar que em sua obra "O Contrato Social" , Jean Jacques Rousseau considerava a existência de um pacto entre cidadãos e governantes, em que estes deveriam respeitar plenamente a vontade geral dos indivíduos pertencentes ao corpo social, uma vez que ela visaria o bem comum. Entretanto, tal fato, no Brasil, não ocorre com eficácia - apenas uma elite restrita da sociedade possui seus direitos atendidos - o que resulta na marginalização da classe proletária. Dessa maneira, os cidadãos recorrem às manifestações com o fito de alcançarem repercussão nacional e notoriedade dos governantes.           Em segunda análise, é válido considerar que os protestos sociais são responsáveis por vultosas transformações políticas, econômicas e culturais, pois estes impactam formidavelmente o país, uma vez que ganham  notabilidade ao conquistarem espaço nos meios de comunicação de massa. Nesse viés, em 1983, no período de decadência do Regime Militar Brasileiro, ocorreram uma série de manifestações populares - conhecidas como Diretas Já - que visava a implantação de eleições diretas, benefício conquistado após o movimento. Dessa forma, fica evidente que as manifestações populares é um fato democrático, que faz parte da história das sociedades.            Portanto, é indispensável a adoção de medidas capazes de atender o clamor social, para que, de tal maneira, a vontade geral proposta por Rousseau seja preservada. Posto isso, cabe aos representantes da população, atenderem integralmente os direitos dos cidadãos, de forma que não haja distinções e privilégios no corpo social. Além disso, é indubitável que o Ministério da Educação implemente às instituições de ensino, a promoção de palestras capazes de despertar o senso crítico e o patriotismo nos estudantes, pois a educação é a base da cidadania. Ademais, cabe ao Governo Federal, em parceria com os recursos midiáticos, divulgar, por meio de propagandas, a importância do voto consciente, para que assim os cidadãos se conscientizem  e escolham melhor seus governantes.