Materiais:
Enviada em: 04/06/2018

Importante onda revolucionária, a "Primavera dos povos", em 1848, culminou com a derrubada de regimes autoritários na Europa. Nesse contexto, percebe-se a relevância de manifestações populares na construção de uma sociedade justa. No Brasil do século XXI, todavia, a histórica repressão aos movimentos sociais e o crescente ciberativismo representam, nessa ordem, desafio e inovação desses mecanismos.    Em primeiro plano, cabe citar que as manifestações sociais são, historicamente, reprimidas no Brasil. Desde a atuação da Guarda Nacional, no Período Regencial, à política de censura e repressão a manifestações sociais adotada pelos governos na Ditadura Militar, percebe-se que a questão social tem sido tratada caso de polícia. Tal situação, infelizmente, reproduz-se muitas vezes na atualidade com a atuação repressiva da polícia em muitos movimentos, o que contribui para perpetuação dessa visão de marginalização das manifestações sociais.     Outro aspecto importante é o papel revolucionário do ciberativismo. Nessa perspectiva, a internet não só potencializou a propagação de ideais manifestantes, como também constitui um espaço para exposição de posicionamentos políticos do indivíduo, contribuindo para articulação de mobilizações. É necessário destacar, no entanto, que a participação política não deve ser restringida apenas ao mundo virtual, mas deve ser concretizada nas ruas.     Evidencia-se, por conseguinte, a necessidade de se discutir a importância das mobilizações populares. Assim, o Ministério da Educação deve promover nas escolas debates críticos, embasados nas ciências humanas, que abordem a necessidade e a validade constitucional das manifestações pacíficas para a manutenção da democracia. Além disso, é necessário que haja um treinamento adequado do corpo policial, para que este esteja melhor habilitado para lidar com situações de manifestações. Dessa forma, essa visão histórica de repressão será desconstruída nas próximas gerações