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Enviada em: 03/06/2018

De acordo com o Contratualismo, corrente filosófica  de estudos, o Estado foi criado para assegurar o bem-estar social. Entretanto, os governos, muitas vezes, acabam por deixar indevidos impasses em curso durante seus mandatos. Assim, surgem as manifestações populares que agem contra os problemas negligenciados pelas autoridades. Pode-se notar, dessa forma, que tal fenômeno, no século XXI, é algo de extrema importância, seja para a preservação da política ou para criar um povo crítico.     De início, é válido observar que, na Grécia Antiga, os cidadãos participavam periodicamente dos debates políticos, o que é considerado uma ótima metodologia pelos historiadores. Já atualmente, conquanto muitos países não adotem a democracia direta, sistema usado pelos gregos, é imprescindível pautar que a opinião pública também é necessária para o aperfeiçoamento das atitudes estatais. Dessa maneira, é inegável a utilidade das inúmeras manifestações que veem acontecendo, posto que elas são válidas formas de intervir na própria política e de ajudar os países a ver quais são as leis que estão indo de encontro à prosperidade da nação.      Ademais, ainda convém entender que  a criticidade é algo fundamental ao desenvolvimento do ser humano. Nesse sentido, pode-se afirmar que os movimentos populares são condutas capazes de aperfeiçoar tal característica. Assim, desde as "Jornadas de Junho", protestos brasileiros contra aumentos abusivos no  valor da passagem do transporte público, até o "Panelaço", conjunto de atos que retiraram um presidente argentino do seu mandato, notam-se indispensáveis ações que influenciam a construção individual dos cidadãos, sejam eles jovens ou adultos,  de modo a criar pessoas que conhecem seus direitos, pois, como bem afirmou o sociólogo Focault, "nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se político".     Percebe-se, portanto, que as manifestações são eficientes ferramentas e devem ser incentivadas sempre que necessário. Logo, por meio da convocação de indivíduos tanto em ambientes presenciais, como em escolas, quanto em meios "on-line", como o twitter, cabe às organizações não governamentais ordenar mais movimentos em defesa do bem-estar social. Essa medida deve ser aplicada para que os protestos se tornem ainda mais comuns e atinjam um maior número de pessoas, de modo a conservar os ideais do Estado e criar pessoas críticas. Destarte, se efetivada tal conduta, a realidade atual poderá efetivamente incorporar a ativa participação política dos cidadãos da Grécia Antiga.