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Enviada em: 02/06/2018

Considerado um dos principais sociólogos modernistas, Emile Durkheim, comparava a sociedade atual a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que este organismo esteja em equilíbrio, torna-se necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Entretanto, quando se observa os rumos das manifestações populares no Brasil, percebe-se que há um desequilíbrio. Logo, surge a problemática da expressão de pensamento do povo, seja por uma passividade governamental, seja por um lenta mudança de atitude social.       Em primeira análise, vale ressaltar que a questão Constitucional está intrinsecamente ligada ao problema. Conforme Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, pela justiça, o equilíbrio seja alcançado. De maneira análoga, ao se observar a ausência de leis que regularize um modelo popular e pacífico de se manifestar, quebra essa harmonia aristotélica. Embora ultimamente atos conhecidos como “panelaço” e piscar as luzes de casa sejam recorrentes tipos de expor indignação, ajuntamentos de rua ainda são os principais meios de se manifestar. Outrossim, esse modo torna-se facilitador para infiltração de extremistas, no qual realizam atos de vandalismo, violência e depredação de órgãos públicos e privados.        Ademais, percebe-se que o problema está longe de ser resolvido. Desde a Revolução Francesa, com a tomada do poder pela burguesia, garantindo seus direitos e difundindo os conceitos de liberdade, fraternidade e irmandade, inspirando manifestações por todo o mundo. Destarte, no Brasil, no ano de 2013, a chamada “manifestação dos vinte centavos”, apesar de ter conseguido sua pauta, foi manchada pela violência causada por extremistas, levando a ferir civis e policiais. Nesse âmbito, baseado na teoria machadiana, no qual o homem é um ser sem virtude, adiciona-se aos fatores supracitados caracteres inatos, logo, atemporais e tendentes à permanência.        Portanto, para que o “corpo biológico” se sustente, medidas devem ser tomadas. Cabe ao governo, na figura do Poder Legislativo, criar leis que possibilitem os líderes das manifestações informarem de modo formal a pauta, data, local e hora das manifestações, com o objetivo de que haja melhor mobilidade urbana, pelo DETRAN via guardas de transito, e haja ação da PM (capacitada e treinada para tal evento) durante todo o percurso, afim de e inibir a ações de grupos extremistas e garantir um protesto organizado e seguro.