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Enviada em: 04/06/2018

No que se refere à conquista de direitos, as manifestações populares têm sido um dos principais instrumentos para obter êxito. Em países democráticos como o Brasil, essas manifestações são um meio da população expressar seus descontentamentos e suas reivindicações aos governantes. Já quando se trata de regimes ditatoriais, expressões sociais estão, normalmente, associadas à reclamação de liberdade e democracia. Esses protestos populares são, em geral, uma forma de atentar o Estado às necessidades da população, o problema está na violência decorrente dessas manifestações em alguns casos.    No século XXI pode-se observar os resquícios do século passado ao analisar as revoluções ocorridas em ambos. Atualmente, podemos ver o caráter reivindicatório da população mundial, herança das gerações anteriores que revolucionaram muitos aspectos, sociais e políticos, ao redor do mundo como foi o caso das " Diretas Já"  em 1984, que restabeleceu o voto direto no Brasil em 1989, e o fim do regime segregacionista -Apartheid- na África do Sul em 1994. Essa característica reclamatória de grande parte das sociedades atuais, tem sido crucial para despertar as pessoas a buscarem seus direitos e exercerem sua liberdade, como tem ocorrido em países do Oriente Médio desde as manifestações da Primavera Árabe que eclodiu em 2011, derrubando governos ditatoriais da região.    Entretanto, durante os processos de reivindicação é frequente a presença de confrontos, entre manifestantes ou desses com o governo, que muitas vezes adquirem um caráter violento. Jean-Paul Sartre, filósofo francês do século XX, enunciava que  "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota", explicitando, assim, a necessidade de evitá-la. Episódios agressivos estiveram presentes nos protestos do movimento "Vem Pra Rua" em 2013 no Brasil, alguns grupos de pessoas, influenciadas pelo "Black Bloc"- estratégia de protesto autodenominada anarquista, se infiltravam nas manifestações pacíficas visando gerar a violência e o vandalismo, o que resultava em confrontos desses com a polícia e até mesmo com os demais manifestantes.     Assim, fica visível a necessidade de assegurar o direito à liberdade e, consequentemente, ao protesto mas também a importância de manter a ordem e garantir a segurança de todas as pessoas envolvidas. Portanto, o poder executivo de cada país deve, através dos órgãos de segurança pública, garantir a integridade física de participantes de manifestações populares e dialogar com a população a fim de chegar a um acordo para atender às reivindicações. Ademais, a nível mundial, é necessário que a Organização das Nações Unidas(ONU), para garantir a plenitude dos Direitos Humanos, intervenha em países onde, devido a governos ditatoriais, a população seja privada do direito à liberdade.