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Enviada em: 04/06/2018

O ano de 1789 foi diferente de qualquer outro ano que já passou na história da civilização humana. Pela primeira vez, uma manifestação popular, posteriormente chamada Revolução Francesa, mudou as bases de uma sociedade rigidamente hierarquizada e deu início a uma nova era de participação popular. O episódio foi tão importante que historiadores o usam como marcador do começo da Era Contemporânea, já que o pensamento moderno foi moldado pelos preceitos da mudança na sociedade francesa. Apesar de estarmos no século XXI, manifestações populares continuam fundamentais no processo democrático e na construção do debate público.       Em primeira instância, o advento da globalização e da internet ampliaram o poder dos protestos na contemporaneidade. A Primavera Árabe, por exemplo, foi uma série de protestos organizados pelas redes sociais que, em 2011, foram responsáveis pela queda de vários governos totalitários no Oriente Médio e no Norte da África. Protestos como esses mostraram-se eficientes, já que propagam-se mais rápido pelo mundo e, consequentemente, agariam mais apoio internacional, o que representa maior pressão no atendimento das reivindicações.       Outrossim, protestos públicos são fundamentais na democracia. Muitos países, ainda que Repúblicas Democráticas, são sistemas representativos que são comandados por políticos eleitos periodicamente. Manifestações populares, portanto, são meios pelo qual a população questiona autoridades e exige reivindicações e mudanças para o Legislativo.       Logo, a garantia e proteção dos Estados Soberanos e da Comunidade Internacional ao direito à manifestação é fundamental. É dever da ONU (Organização das Nações Unidas) manter órgãos que fiscalizem e assegurem o direito ao protesto no máximo de países possíveis. Aliás, seria mais eficiente a criação de contas oficiais da ONU nas redes sociais para a propagação de informações sobre os direitos de manifestação e expressão de opinião pública entre os jovens do mundo todo.