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Enviada em: 04/06/2018

A Revolução Francesa ficou marcada por uma onda intensa onda de manifestações responsáveis por importantes mudanças políticas e sociais na França. Nesse contexto, na atualidade, com a chegada das novas tecnologias, a exemplo dos aplicativos instantâneos de mensagens, a propagação de ideias e mobilização foram facilitadas de forma rápida. Diante disso, é imprescindível entender o papel da Internet para a realização desses movimentos e os fatores socioeconômicos da  ocorrência desse fenômeno.     Em uma primeira análise, é notório que o uso das mídias digitais facilitam, quase que de modo espontâneo, a difusão de informação para realização ou engajamento dos manifestos. Nesse panorama, a rede mundial de computadores atuou diretamente na convocação de militantes e ativistas, a exemplo da Primavera Árabe, responsável pela queda de governos ditatoriais no oriente médio, e no Brasil, como as ondas de protestos em 2013 contra o aumento das tarifas do transporte público. Ademais, outro papel fundamental que as mídias digitais também exercem é a de mecanismo para circulação de informação e ideias, tendo em vista que cada indivíduo compartilha e comenta aquilo que acredita, fator que promove uma verdadeira heterogeneidade de opiniões.      Em segundo lugar, pode-se pontuar que a insatisfação da população referente a problemas sociais e econômicas funcionam como matrizes para a realização de revoltas e protestos. Em consequência disso, países ou regiões com grandes déficits socioeconômicos, são mais vulneráveis a realização de movimentos em que o descontentamento da população com políticas públicas que deveriam ser oferecidas com eficiência é mais intensificado. Em razão disso, exemplificando-se esse argumento, é perceptível que um dos principais motivos para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, deu-se em razão da equivocada política econômica, aumentando os problemas econômicos e sociais.    Portanto, fica claro, a importância da compreensão das reivindicações contemporâneas com o objetivo de atender aos anseios da sociedade. Cabe ao estado, em parceria com as mídias sociais, criar centrais de ouvidoria, buscando saber da população quais são as ações e políticas públicas a serem colocadas em prática em um primeiro plano, para que os problemas mais urgentes sejam atendidas conforme a opinião pública.  A imprensa,com o olhar imparcial, promover debates acerca das problemáticas enfrentadas pela sociedade, com especialistas nos mais diferentes temas, assim como pessoas comuns, buscando conhecer as problemáticas enfrentadas cotidianamente pelos cidadãos, a fim de soluções eficientes que poderão ser colocadas em ação. Assim os manifestantes terão a certeza que as suas preocupações com as mazelas cotidianas não serão em vão.