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Enviada em: 03/06/2018

As Locomotivas de Marx      Em 1848, nas chamadas Primaveras dos Povos, houveram uma séries de revoluções na Europa Central e Oriental em função de regimes governamentais autocráticos, crises econômicas,  aumento da condição financeira e da falta de representação política. Paralelamente, 170 anos depois, tem-se visto uma sociedade que anseia por mudanças. Dessa forma, é importante compreender como a negligência governamental e a consciência cidadã provocam a questão.      Em primeiro lugar, é imprescindível ressaltar como a carência de medidas públicas gera a ocorrência. De acordo com Jürgen Habermas, filósofo alemão, para que haja a comunicação plena e o acordo de interesses deve-se existir o agir comunicativo. No entanto, manifestações populares que possuem o objetivo de reivindicar direitos e melhorias são menosprezadas por parte da população e dos políticos, devido à ocorrência de destruição e badernas realizadas por malfeitores que não integram os movimentos.        Além disso, nota-se, ainda, como fatores socioeconômicos também são responsáveis pelos casos. A Revolução Francesa é considerada o símbolo de “liberdade, igualdade e fraternidade”, visto que mobilizou as camadas sociais infladas da crise econômica no respectivo país. Assim, é evidente que a política externa e interna influenciam na quantidade de manifestações ocorrentes. Como exemplo, no ano de 2013 milhares de manifestantes ocuparam as ruas da capital de São Paulo em reivindicação por melhorias e abaixamento dos preços dos transportes públicos.       Torna-se evidente, portanto, que a falta de ações governamentais e o contexto econômico, social e político, no qual a sociedade está inserida, são fatores que levam à participação social. Em virtude disso, os governos devem dialogar com a população, ao notar mobilizações e conferências sobre os impasses que ela procura solicitar. Com o objetivo de sanar possíveis enfrentamentos e promover a coesão de ideias. Apenas sob tal perspectiva, poder-se-á ver essas mudanças na prática, pois como proferido por Karl Marx: as inquietudes são a locomotiva da nação.