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Enviada em: 04/06/2018

De acordo com Nelson Mandela, ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que melhore e respeite a liberdade dos outros. Todavia, a prática deturpa a teoria, isso se dá porque a população brasileira, para adquirir integralmente seus direitos sociais, precisa recorrer às manifestações. Diante dessa realidade, é preciso analisar o papel do Estado e da população dentro dessa conjuntura.    É essencial pontuar, de início, que a Magna Carta brasileira de 1988, consente ao tecido social plena liberdade de expressão, a fim de ir de encontro com o período de ditadura militar. De 1964 a 1985, os brasileiros eram impedidos de exteriorizar seus pensamentos. No entanto, mesmo com os estatutos da atual constituição, observa-se abuso de autoridade em manifestações. Isso se evidencia pelo amplo uso, em protestos, de spray de pimenta, gás lacrimogêneo, bomba de efeito moral.    É relevante ressaltar, todavia, que os manifestantes possuem tanto direitos, como deveres. Diante desse cenário, destaca-se, no século XXI, o papel das tecnologias, as quais, por meio das redes sociais, auxiliam na formação e organização dos protestos. Se por um lado tais movimentos tornam-se mais visíveis, aumentando a adesão do corpo social - principalmente dos jovens, segundo o Datafolha. Por outro lado, essas ferramentas permitem a participação de vários grupos distintos, cujos ideais são divergentes. Dessa forma, é recorrente ações de depredação e violência durante os protestos.    Infere-se, portanto, que para o país tomar posse dos preceitos deixados por Mandela, compete ao Estado brasileiro estar disposto a proporcionar todos os direitos sociais, os quais são inalienáveis dos cidadãos. Sendo assim, adequar o projeto pedagógico é uma medida viável, pois através de projetos, como a inserção de aulas sobre legislação nas escolas, é possível desenvolver o pensamento crítico dos jovens, além de formar uma geração mais ativa politicamente, a qual busca uma sociedade mais igualitária, onde todos usufruem dos mesmos privilégios.