Materiais:
Enviada em: 03/06/2018

É notório o caráter da reflexão e a busca por mudanças nas manifestações populares evidenciadas no século XXI. Percebe-se que, as manifestações são apenas um ponto de partida para uma discussão aprofundada de questões elencadas pelo povo nas ruas. Neste caminho, é necessário levar em consideração o direito de expressão do povo e o papel das redes sociais na divulgação e na organização dos atos populares.       Em primeira análise, é importante salientar que existe uma repressão no direito de expressão em diversos países do mundo, inclusive em países ditos democráticos, como o Brasil. Assim, por exemplo, nas manifestações do "Passe Livre", em diversos momentos mostrados por várias mídias, a polícia usou da violência contra jovens manifestantes pacíficos, com finalidade única de comedimento. Diante disso, é digno que se enalteça a Constituição Federal, em seu artigo quinto, que traz o seguinte enunciado "É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o seu anonimato".         Por conseguinte, outro aspecto relevante que influencia na questão da organização das manifestações é o uso da rede social. Percebe-se que, em países não democráticos, a primeira medida do governo para limitar as manifestações é restringir o uso da internet pelo povo. Outrossim, nos países democráticos, é nítido o uso das redes sociais como principal ferramenta de convocação e organização dos atos das manifestações espalhadas pelo Brasil, como por exemplo o do "Passe Livre", que foi caracterizado como um movimento criado pelas redes sociais e apartidário.       A sociedade brasileira, portanto, demonstra-se atenta e preocupada com a manutenção dos seus direitos, dentre estes, o de se manifestar e do livre acesso a internet. Assim sendo, é importante que a Ordem dos Advogados do Brasil e a Defensoria Pública mantenham-se vigilantes e presentes, através de seus membros, nas manifestações populares, a fim de resguardarem os direitos fundamentais dos cidadãos manifestantes, retratando através de relatórios objetivos possíveis excessos do Estado ou dos protestantes, com justiça e imparcialidade.