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Enviada em: 04/06/2018

Em 1992 ocorreram diversas manifestações pelo país com intuito de que o presidente Fernando Collor sofresse um impeachment, pois foram feitas diversas denúncias de corrupção envolvendo o presidente. 23 anos após esse acontecimento, o Brasil foi novamente marcado pelos protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Essa insatisfação popular de 2015 foi impulsionada através das redes sociais possibilitando um grande evento em razão  da divulgação ser mais fácil na internet, no entanto algo comum a essas mobilizações foram a insatisfação popular. Com isso, é necessário analisar a influência das mídias sociais nas manifestações, e os problemas da falta de diálogo entre o governo e a população.         O século XXI vem sendo marcado pela intensa presença da internet no cotidiano da população, por causa disso grupos insatisfeitos com o governo utilizam as redes sociais para convidar a população a se manifestar. Isso fica evidente no estudo da primavera árabe — é o nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011 — no qual concluiu que as redes sociais foram utilizadas como ferramentas para a revolução“. É notório a influência das mídias sociais nesses eventos. Aliás a manifestação dos caminhoneiros realizada em maio de 2018, foi idealizada e propagada através do aplicativo de mensagem Whatsapp.         As expressões de insatisfações populares mais marcantes da história do Brasil só ocorreram por uma falta de diálogo entre o governo e a população. De acordo com Jürgen Habermas, filósofo alemão, para que haja a comunicação plena e o acordo de interesses deve-se existir o agir comunicativo. Com essa falta de conversação, faz com que a sociedade opte pelas mobilizações para reivindicar direitos e melhorias que são menosprezadas pela classe política.        Torna-se evidente, portanto, a falta de ações governamentais e a situação econômica e política em que o país está são fatores que levam a insatisfação popular. Com isso, os governos devem dialogar com a população, ao perceberem uma grande articulação para que ocorram mobilizações, com o intuito de resolver os impasses e poder promover uma harmonia entre governo e população. Dessa forma, a sociedade terá um canal de diálogo com o estado e, com isso, não precisará recorrer as redes sociais para promover manifestações para reivindicar direitos e melhorias.