Materiais:
Enviada em: 04/06/2018

De acordo com a teoria aristotélica sobre a justa medida, toda ação que visa a excelência, tem que possuir em sua base o equilíbrio, fugindo de excessos e extremos. Em contrapartida, no cenário político do Brasil, hodiernamente, é visto uma tendência de apoio à ideais extremistas. Por conta do Estado ineficiente e corrompido que visa, majoritariamente, interesses particulares, manifestações populares se evidenciam cada vez mais. Nesse sentido, para que essas ações da sociedade não se tornem danosas, fatores como a organização e a clareza nas reivindicações, não podem ser negligenciados.        Em primeira análise, cabe frisar que a organização e a ordem são características que, obrigatoriamente, devem estar presentes em uma manifestação popular. Uma prova disso foram os protestos de 2013, em que movimentos ativistas, denominados "Black Blocs", descredibilizavam os cidadãos que lutavam pela diminuição da tarifa e melhoria nos transportes públicos. Por conseguinte aos atos de vandalismo e violência de grupos como esse, as ruas brasileiras foram transformadas em um "campo de batalha", entre policiais, civis e baderneiros; repletos de balas de borracha, pedras e bombas de gás lacrimogêneo.         Outrossim, é indubitável que muitas das reivindicações feitas pelos manifestantes nem sempre estão claras e objetivas. Desse maneira, provocando o aparecimento de discursos equivocados pedindo por regimes e ações que vão contra a liberdade e a democracia, como a intervenção militar. Um exemplo disso foram as greves de caminhoneiros em maio de 2018 que pediam, principalmente, pela redução do preço do Diesel. Os trabalhadores conseguiram paralisar o território nacional e criar a demanda por soluções, porém, durante esse período, muitos áudios e vídeos circulavam pelas redes sociais, divulgando e influenciando pessoas a apoiarem as manifestações a favor do regime ditatorial.           Medida, portanto, são essenciais para que as manifestações não resultem em violência ou regimes ditatoriais. Como dito por Nelson Mandela, a melhor ferramenta para melhorar o mundo é a educação. Destarte, é imprescindível que o Minestério da Educação promova nas escolas debates políticos e aulas específicas sobre a política nacional e suas funções, por intermédio das disciplinas de Ciências Humanas. Para isso é de suma importância que o MEC, garanta a capacitação de professores sobre o tema nas universidades e verifique periodicamente a eficácia da proposta. Logo, permitindo que os jovens e seus familiares tenham embasamento para agirem em prol da melhoria do país.