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Enviada em: 04/06/2018

Não se governa para pedras, mas para vozes.       Muitos legados foram deixados por nações antigas, entre eles os fundamentos primordiais da democracia, muito atribuída aos povos gregos. Foi a partir dela, cientes dos seus direitos políticos e sociais, que populações passaram a se manifestar, em busca de garantias.          A organização política e social da Grécia antiga, nas então chamadas poleis, possibilitou o surgimento da ideia de que decisões deviam ser tomadas com o consentimento de seus cidadãos.        Desse modo, manifestações populares nada mais são que a resposta de um povo frente a condições sociais, políticas e financeiras impostas a uma nação, incompatíveis com o seu bem estar físico e psicológico. Com isso, certos de seus direitos enquanto população, pessoas de todas as faixas etárias e sociais, nos mais variados países, passaram a manifestar publicamente suas opiniões e reivindicar direitos.       Atualmente, muitas foram as manifestações que geraram resultados em prol da população. Entre elas, a chamada Primavera Árabe (que se estende até os dias atuais), uma onda de protestos, revoltas e revoluções populares iniciada em 2011 no mundo árabe contra o alto desemprego e o elevado custo de alimentos, bem como pela busca por melhores condições de vida. Entretanto, apesar de violenta, culminou na queda dos ditadores da Tunísia e do Egito.       Assim, cabe aos governos, em todos as suas esferas de poder, permitir que manifestações populares pacíficas ocorram, garantir segurança a quem nelas participam por meio de suas polícias, ouvir e fazer-se ouvidos através de assembleias e plebiscitos, de modo que, com parcimônia, encontre alternativas favoráveis ao Governo e à população.      Destarte, incontestável é a legalidade e importância da participação popular em decisões que refletem em uma nação como um todo, pois um governo, afinal, só governa enquanto existir um povo.