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Enviada em: 04/06/2018

“O importante não é viver, mas viver bem”. Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância, de modo que ultrapassa a da própria existência. Entretanto, no Brasil essa não é uma realidade, já que há na população uma persistente desigualdade social e econômica. Nesse sentido, crescentes são as manifestações populares, que lutam por isonomia e melhores condições de vida.       Vale ressaltar que, as manifestações populares não são exclusivas da contemporaneidade, são reflexos dos anseios de uma sociedade insatisfeita, refletidos ao longo dos séculos, como a Revolução Francesa no século XVIII e Diretas Já, ocorrida no Brasil no século XX, ambas de cunho popular e social. Já no século XXI, as lutas sociais encontram no meio técnico-informacional o seu instrumento propulsor, o que incentiva a formação de novos movimentos. Isso fica claro ao evidenciar o poder de difusão dos protestos pelas redes sociais nos últimos anos.       Ademais, somada à população cada vez mais antenada sobre os seus direitos, a internet possui papel fundamental no fomento dos movimentos sociais. Decerto, as manifestações ocorridas em 2013 no Brasil, com o lema “Não são só 20 centavos”, demonstra um povo que reivindicava, além da diminuição da tarifa do transporte público, a melhoria da educação, saúde e transporte. Esse manifesto conseguiu tomar grandes proporções, graças a grupos e eventos combinados e difundidos pelo Facebook e Whatsapp, demonstrando à população que é possível mobilizar milhares de pessoas na tentativa de modificar o atual cenário do país.       Fica claro, portanto, que a população luta por melhorias ao longo dos séculos, tendo encontrado no século XXI o seu principal instrumento de difusão. Assim, cabe ao Ministério da Educação a inserção de carga horária nas escolas para disciplinas voltadas a assuntos públicos. O objetivo é que por meio de debates entre os alunos, além do ensino de manifestações populares que ocorreram ao longo dos anos, haja a formação e consolidação do senso crítico. Por conseguinte, mais cidadãos aptos a lutarem por melhorias sociais serão formados, podendo assim perseguir a qualidade de vida almejada por Platão.